domingo, 11 de dezembro de 2011

Professora Fulana?

Passando pela praça, perto de casa mesmo, vi uma silhueta que não me era estranha... Achei que conhecia aquela mulher que parecia ter uns 45 anos, morena, de cabelos castanhos, algumas rugas e um corpo digamos... em dia.
Continuei meu trajeto, indo em direção a ela.
Depois de alguns segundos, percebi uma outra mulher andando mais rápido a alcançando e tocando seu ombro. A tal mulher que eu achei conhecer virou-se e deu um beijo na boca da outra. Assim, só estalinho mesmo. Na hora ainda cheguei a cogitara hipótese de ter pegado aquela mulher.
Alguns segundos depois me dei conta de que aquela mulher q eu achei q conhecia, de fato conhecia. Conhecia MESMO. E sabia também que ela era professora... Porque me deu aula quando eu estava na 8ª série (hoje 9ºano).
Bateu aquele mind fuck super forte nesse momento. Vi meu mundo cair, minha vida escolar passando pelos meus olhos... E, peraí... Ela era casada!
Não, gente... Nada impede que uma professora casada se descubra lésbica e vá viver a sua paixão, seu amor, sei lá. Mas eu tinha tanta convicção que ela era hetero e que nada no mundo abalaria essa verdade que eu me senti chocada por uns instantes.
Elas estavam se aproximando de mim, e eu ali, indo em direção a elas, com uma expressão fingida de plenitude e calma. Abrindo um sorriso lentamente, esperei que ela passasse por mim pra falar aquela palavrinha temida (até por mim mesma): Professora Fulana?
Notei que ela deu uma leve empalidecida com o que foi ouvido e vi um sorrisinho amarelo em seus lábios, mas mesmo assim, ela havia parado e foi simpática. Contei como estava na faculdade, falei mais umas duas ou três coisas, amenidades, lógico. Ela se tranquilizou, ou se acostumou com a minha breve presença e falou umas coisas bobas também, além de ter apresentado a moça que estava com ela: Deixa eu te apresentar, essa é Cicrana. Cicrana, ela foi minha aluna!
Falamos mais algumas coisinhas, nada demais. Me despedi delas com aqueles 3 beijinhos de bochecha-com-bochecha e fui na direção oposta a delas.
Não pude deixar de me sentir feliz, por ter reencontrado ela e também por ter percebido que ela se achou também, e estava realizada (pelo que pareceu).
Só fiquei puta com uma coisa...
Meu gaydar esta quebrado...Merda!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Uns madrugam, outros Madruga's.

Tem uns 3 semanas que estou trabalhando de "pião" em uma loja no centro do Rio.
Nessa loja, meu cargo é vendedora, mas eu também tenho que limpar uma parte da loja, buscar coisas na rua, organizar o estoque, ser o caixa, e repor as peças já vendidas.
Pego as 8:30h, mas preciso chegar antes pra não ser considerado atraso e, com isso, ficar sem vender por meia hora. Saio, na teoria as 16h, mas na realidade não tenho hora pra sair. Pode ser que eu saia as 17h, 17:30h...vai saber?
Acordo as 5 da manhã quando durmo na casa dos meus pais, tomo banho, pego ônibus e vou dormindo e batendo a minha cabeça na janela do ônibus até lá. Ainda não aconteceu de ter passado do ponto, mas sei que um dia vai acabar acontecendo.
Já cheguei atrasada duas vezes, e também já faltei.
No meu ambiente de trabalho todos querem vender, e vender muito, e para tanto, uns passam em cima dos outros, com a intenção clara de prejudicar mesmo. E ninguém lá tem pudores para confessar isso.
O gerente me parece meio aéreo, não sei se por conveniência ou pelo seu jeito de ser mesmo... E tem horas que de tão curto e grosso acaba sendo rude demais.Ele não brinca e nem ri com ninguém, só com o vendedor responsável. O vr (ou 99) é um cara mais tranquilão, e um pouco mais aberto a ouvir os subordinados. Também briga, também é exigente, mas de uma forma que chega a ser amigável (ou algo muito próximo disso).
Em resumo, não gosto do trabalho, embora me dê bem com todos de maneira isolada, já peguei pessoas falando mal de mim e além disso não é o tipo de emprego que me deixa exatamente segura.
Mas, lógico, não dá pra abandonar porque preciso mesmo de dinheiro.
Esses dias tava pensando na minha situação pessoal e na de alguns amigos meus ditos vagabundos, acadêmicos que no máximo vivem de bolsa.
Obedecendo um certo modelo comparativo, só sei dizer que se eu pudesse escolher, seria vagabunda acadêmica e adepta do Madruga's way of life. Mas o tempo passa, o dinheiro é cada vez mais necessário e infelizmente para mim a independência é uma questão de sobrevivência no momento.
Palmas pra Madrugagem!!! Felizes de vocês, Madruguistas. Aproveitem.