domingo, 26 de fevereiro de 2012

Erótico

Ela entra no quarto, com aquela cara de safada, de calcinha e camiseta coladinha... e eu com aquela cara de sono, lendo qualquer coisa.
Eu nem noto a presença dela...
Só percebo a proximidade quando ela, em um movimento simples e rápido, sobe na cama e se vem engatinhando sobre mim. Como uma gatinha mesmo.
Nesse momento levanto meus olhos e marco a página do livro. Era uma armadilha e os olhos dela cativaram os meus. Senti seu corpo se levantando, seus braços se aproximando, com o rosto cada vez mais próximo e meu óculos saindo do meu rosto. E a respiração dela na minha respiração, bem perto... Perigosamente perto da minha pele.
Então minha boca está já entreaberta e os olhos cerrados e a dela vindo pra minha... como em câmera lenta. Até que o beijo se dá. Minhas mãos até então paradas, suadas, se levantam em direção ao alvo. O beijo rolando, as línguas tocando, os lábios dançando... E as minhas mãos só queriam jogar o fósforo aceso naquele rastro de gasolina em forma de mulher.
Pego pela cintura, escorrego no bumbum, derrapo na curva, e sinto ela de quatro em cima de mim. Trago-a pra perto e ela se senta no meu colo, de frente pra mim, onde o beijo não para.
Quero tirar essa maldita camisetinha, mas o beijo é tão envolvente que... não sei o que fazer...
na dúvida, prefiro provocar.
Os braços dela se apoiam nos meus ombros, me abraçam pela cabeça como se ela não quisesse que minha língua saísse da sua boca menos ávida do que quando entrara. E as minhas mãos, que a tinham puxado pra mim, agora repousam solenes sobre seus glúteos. Até surgir uma inquietação febril que as faz querer migrar, sem rumo, sem destino...
Uma das mãos sobe em direção a barriga e ao seio por debaixo daquela camisetinha escrota, pedindo pra ser rasgada. O desejo inflama, dado aqueles movimentos e o beijo incendiário, então a outra mão ajuda na remoção do paninho. E eis que lindos seios rijos revelam-se.
Precisei me afastar daquela boca incrível pra que a camisetinha saísse corpo afora e pra que pudesse ver tamanha beleza. Não resisti por dois segundos sequer. Foi como um tilintar de sino, um tiro dando permissão pra correr, e eu queria muito ser a velocista campeã...
Mergulhei certeiramente em seus seios, não sabia mais se era uma pista pra correr ou uma piscina pra me afogar. O desejo foi muito... As mãos tentavam dar conta daquela abundância, mas nada parecia ser o bastante.
Ouvia a respiração dela ofegante, ouvia cada batida do coração pesando mais. Enfim, a virei. Precisava ver aquela musa de cima, completamente. E também queria me livrar da minha camisola. Tendo feito isso, com uma pressa quase que doentia, voltei pra onde estava... Desta vez ela deitada, eu por cima.
Ela deleitando-se com meus beijos pelo pescoço, colo, seios, barriga...
E as mãos inquietas, não sabiam se adiantavam o compasso daqueles movimentos ou se simplesmente os seguiam conforme iam.
Do umbigo pra baixo senti um gemido. E foi estimulante o suficiente pra querer ousar um pouco mais. Com toda delicadeza que ainda me restava tirei-lhe a calcinha. Devagar. Olhando bem profundamente nos seus olhos, como se dissessem a ela que ela despertara uma tigresa adormecida... E que esta tigresa estava faminta. Mas não por sangue, ou carne. Eu estava faminta por ela, por aquele corpo, por aqueles gemidos. Estava enlouquecida e inebriada pela possibilidade de poder fazê-la sentir o ápice de prazer. E da forma mais irremediavelmente louca... A ponto de que ela pedisse mais.
O objetivo era o bis no final do show.
A calcinha foi tirada. E minhas mãos voltaram pelo sentido contrário, alisando a pele macia, dos pés até a virilha... Lentamente. Passando com cuidado em cada poro, com delicadeza, e com uma demora proposital.
Ela olhava, mordia o lábio inferior. A respiração descompassava, dava pra perceber a impaciência no pulso de desejo.
Tendo minhas mãos chegado próximas o suficiente de onde eu tanto queria, fiz um leve carinho na virilha e depois me dediquei a explorar o seu sexo, com-ple-ta-men-te molhado, com a língua. Os lábios foram abrindo o caminho, com beijos leves, e logo depois a língua, desfilando solene e blasé naquela fenda encharcada. Até que a abri com as mãos e pude permitir a minha boca toda uma invasão. Como se eu tivesse dominado aquele território. E a partir de então todas as minhas demoras e ressalvas e afins foram esquecidas. O foco ela lamber, chupar e mordiscar aquela mulher até que ela não se aguentasse mais e me fizesse parar.
E caso não me fizesse parar... Melhor pra mim.
Invadi o seu sexo com a língua, tive tempo de explorar bastante. Senti suas mãos em minha cabeça, em um gesto que só me dizia que eu estava no lugar certo. Quando comecei a lamber, senti as pernas tremerem em uma região específica... E foi ali onde resolvi focar.
E depois de gemidos, apertos, ai's e ui's... o resultado esperado.
Ela veio... E se entregou ao orgasmo que sentia de uma tal forma que eu, já completamente excitada pela sua maneira de se deixar levar, quase pude sentí-lo na mesma intensidade. Foi incrivelmente intenso e forte.
Estávamos felizes, realizadas, e eu logo fui puxada pra um novo beijo. Dessa vez menos sedutor, com mais sentimento.
Um sentimento de satisfação, conforto, entrega e... paixão.

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