quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Poemas e outra predileções.

Como ficar livre?

Anos passam, pessoas também.Sempre se repetem as mesmas situações.São pais não acreditando que seus filhos cresceram, casais que não se divorciam, namorados que nunca terminam sob promessas renovadas.E ao final de uma verdadeira maratona moral, o que sobram são causas infestas com conseqüências inócuas.
Um assunto bastante puído, mas que parece nunca cansar a ninguém – o que depende diretamente da abordagem feita.Nada muito cansativo ou com raízes Freudianas, mas apenas sendo direta: não há respeito mútuo todo o tempo e as pessoas são egoístas, por mais que evitem.
Um pai se apóia na tese da proteção para literalmente impedir seus filhos de fazer certas coisas.Na maior parte das vezes é proteção nua e crua; cuidado mesmo.Mas ninguém pode ser racional em “cem por cento” das vezes.E são em brechas como essas que os filhos encontram forças argumentativas para lutar contra essas proibições.O que raramente surte efeito, mas sempre tende a parecer uma boa alternativa.
Casais não se divorciam por diversos motivos: comodidade, insegurança, ou finanças.Não importa, sempre empurram mais pra frente decisões até óbvias, mas que não gostariam de tomar.Torna-se pior se eles têm filhos ou se uma das partes não concorda.Casamentos desgastados são extremamente individualistas e egocêntricos.Ambas as partes entram em uma disputa infinita, testando se são melhores ou piores do que o outro.
Talvez casais de namorados não tenham os mesmos tão agravantes problemas, mas com certeza se deixam levar pelo lado emocional.Deixam de ser racionais e entram em sofrimento interno, ou experimentam um sentimento pungente de vingança.
Nada têm de obedecer a esta frieza lógica com a qual escrevo, mas por trivialidades é o que acaba ocorrendo.O que também não significa que eu esteja certa sobre estas questões.Pessoas não conseguem deixar aquilo que tanto prezam debaixo de suas vistas, a menos que seja algo iminente e que não apresente a possibilidade de ser controlado.Por orgulho, egoísmo, medo...Quem sabe a resposta certa?
O fato é que o respeito mútuo é tão irreal quanto a felicidade completa e inabalável. É humanamente impossível levar uma vida equilibrada o tempo inteiro.Mas o que se pode fazer, ao invés de obter controle total sob as mãos – o que pode ser ainda mais pernicioso – é a possibilidade de empatia.Isso resolveria muito, se o ser humano não fosse tão focado em seus próprios objetivos.
Mas, na verdade, não há nada que um bom analista não ajude a resolver.

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