segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sentimento...

Depois de muito tempo sem postar nada, e sentindo que abandonei muito meu blog, caçei um tempo pra estar aqui, e consegui.
Está muito complicado pra mim a questão do tempo mesmo. Trabalhando, estudando, militando...E eu ainda tenho família e (tinha a pouco tempo atrás) namorada.
E é por ter falta de tempo que estou aqui só agora.

Então vamos falar/escrever.

Só uma atualização rápida desde que eu parei de escrever.
Faculdade: Muito divertida, muito corrida, e decepcionante em alguns pontos.Posso dizer que entre prós e contras, está 50% pra cada um.
Militância: Cada dia me sugando mais, e por vezes frustrante. Não pelo fato de militar em si, mas por me enganar quanto as pessoas. Não imagino e nem quero que todos concordem comigo, com minhas convicções, com minhas opiniões, mas queria sim que pensassem por si só, que refletissem sobre o que aconntece atualmente na Universidade, no Brasil, no Mundo, e se querem mudar (ou não), como será essa mudança, etc. São coisas que até então eu julgava básicas, mas descobri que não.Nem todo mundo pensa assim, e nem todo mundo é politizado em ciências sociais, nem todo mundo de fato se preocupa com a classe trabalhadora, ou melhor, a preocupação geral é a cerveja da chopada. Também gosto muito de beber, sair, dançar, e vou em chopadas, mas entendo que não podemos nos limitar a isso.
Namoro: Muito complicado pra explicar por aqui, com palavras. Mas oficialmente, estou solteira.
Família: É...aquilo de sempre, sem tirar nem por. Uns dias de paz, outros de discussão, mas todos muito bons.
Trabalho: Desesperador, explorador, muito cansativo. Mas estou fazendo concursos...Quem sabe sou chamada?
E isso resume bastante minha vida até então.


E vamos ao "assunto" do post.
Não me sinto mais a mesma, e isso vem de algum tempo, e também é por demais natural que assim me sinta.Eu estou crescendo, desenvolvendo novos papéis sociais, criando e descobrindo novos laços e traçando novas relações sociais, e tudo aquilo que eu mais escuto, seja na UFF, no trabalho, em casa, ou no centro...Felicidade.

Todos querem ser felizes ao mesmo tempo.
Mas o que é ser feliz?
Alguém consegue ser 100% realizado no mundo, na vida?
Ninguém é plenamente feliz, e isso é consenso em quase todas as mentes com quem conversei, salvo alguns bêbados que responderam afirmativamente (normal).

Ouvi muitas coisas, dentre elas que:
Felicidade é ter um bom emprego, ter casa, carro...Mas e depois que se conquista esses bens materiais? O que vem depois?
Felicidade é poder estudar, fazer cursos, viajar, aprender coisas novas, novas línguas...Tá, mas e daí?
Ah, felicidade é ter alguém pra dormir todo dia, pra casar, dividir experiências, contas e problemas.
E aí vem a necessidade de ter filhos pra poder chamar seu casamento de família.E aí...
Você ainda não é feliz.

Porque depois de ter tudo que você precisaria ter, você descobre que poderia ampliar tudo que você já tem.
Vai começar a confundir o precisar com o poder. E vai achar sempre que o poder ter é o precisar. Vai vincular sua felicidade ao seu poder de consumo.Vai perceber que pode ter dois carros ao invés de um só, uma casa maior, ou um apartamento com mais quartos, com closet, suite, e tudo o mais que te for oferecido pra colocar todas as quinquilharias que a gente acumula durante a vida.E seus filhos querem e merecem mais espaço, sua mulher, mais conforto. Pra viver/manter isso tudo o que você tem que fazer? Ganhar mais, então...precisa de um novo emprego, ou de uma promoção.
Sua vida vira um espiral louco e você não descobre aonde é que aquela felicidade se enfiou.

Quem é pobre, ou classe média baixa/média, acha que felicidade é acúmulo de bens, dinheiro, porque querem fazer de um tudo, querem para de trabalhar, etc.
Quem é rico, ou classe média alta/classe alta, acha que felicidade é ter tempo pra fazer mais coisas, porque dinheiro é o que não falta.

Depois de pensar um tempo (pouco, porque fazendo tantas coisas ao mesmo tempo, sobraram poucos minutos pras minhas refleções, por mais boçais que sejam), chego a conclusão que a felicidade existe, por mais absurdo e contraditório que possa parecer.
E que quem vai a sua procura, alucinadamente, nunca a acha.
A felicidade é a busca propriamente dita.
Não é o pódium de chegada, é a própria corrida.
Não é a cereja do bolo, é botar a mão na massa.
O que nos faz viver é isso, é a busca, e não a recompensa.
E existe coisa mais bem quista por tanta gente do que viver, continuar vivendo, seja lá como for?

Pois bem, vou ficando por aqui, antes que eu escreva outro Manifesto do Partido Comunista (risos).
Até a próxima (e eu vou me esforçar pra que a próxima realmente seja próxima).

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