terça-feira, 12 de abril de 2011

Regra, controle...

Citando e recitando um escrito que encontrei no blog da Drix, sempre querida.

Assim como não há paraíso que não seja um pouco monótono, não há inferno que seja um pouco excitante. Ou muito excitante. O diabo tenta, o diabo incomoda, o diabo perturba, o diabo veste Prada. Os bonzinhos são ótimos mas tem um guarda roupa neutro demais.

Martha Medeiros

E é por isso que a gente vive fugindo das tentações: contrato social.
Não que estabelecer uma relação de confiança, respeito e responsabilidade não seja bom, muito pelo contrário. Mas precisa ser algo certo, justo, e algo de que não vamos no arrepender. Ainda assim será um sacrifício, mas concerteza vai valer a pena.
Mas é muito bizarro pensar que em virtude de um comportamento social aceitável somos obrigados a recolher nossos desejos a nós mesmos e evitar a nossa própria liberdade. E quando não conseguimos nos aguentar, sucumbimos às nossas vontades, é melhor esconder, se furtar da liberdade de sermos o que somos, pra não gerar comoções externas.
Me pergunto até onde vai a capacidade humana de se enganar.
Pra que viver assim?
Seria muito bom se todos tivéssemos o mesmo nível de bom senso, e que esse nível fosse bem alto. Que todos fossemos minimamente críticos, e não massa em sua grande maioria.
Mas se isso acontecesse...Eu ia trabalhar em que?

A única explicação para não vivermos a nossa liberdade é que não sabemos como lidar com ela, não temos uma boa relação com a ausência de regras coletivas. Porque seja pra brasileiros ou japoneses, ou qualquer outro povo, liberdade demais, sempre se degenera em libertinagem, em "anarquia", na acepção mais errônea do termo (como sinônimo de bagunça).
As regras sociais são necessárias pra se ter controle...
São sempre as mesmas perguntas que me faço: por que controle e para que controle?
Não consigo responder, só divagar. Bem devagar.

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