quinta-feira, 28 de abril de 2011

Escrito aos 16

Habitantes das sombras,
Espíritos das trevas se alimentando do corpo e sangue humanos,
Livres, circulando por todo o interior destes,
Ratos, se aproveitando das boas horas
Onde os humanos se demonstram serem mais imbecis
Não sabem nada a respeito de si próprios
São todos uns assassinos egocêntricos
Seres humanos se acham supremos
Acham mesmo que podem tudo contra todos
Contra seus iguais, inclusive
Para saciar seus desejos
Por mais promíscuos ou lúdicos que sejam
Querem ser deuses, gigantes...
Também sou parte da contrução "homem"
E não me orgulho disso.
Meio monstro, meio anjo
Minha função é a destruição
Dos diferentes, dos iguais e do desconhecido.
Estes monstros não são os que procuro.
Estes são escravos.
A verdade ameaça e está contida dentro desses escravos.
Trindade obscura, que ninguém se atreve a desvendar por completo:
Alma, Razão e Emoção.
Conflitam entre si
Juntas movem universos, tranformam, criam, obliteram...
Uma arma, imbatível.
O único ponto fraco dessa tríade é o medo.
Todos temos.
Em diferentes intensidades,
Com diferentes focos,
Mas temos.
Não há o que fazer, não tem como combater, impedir ou estagnar.
Não se perde o medo.
No máximo nos apoiamos nele para justificar uma série de atos falhos,
Repressão, timidez, depressão, fragilidade, violência, revolta, ódio, arrependimento...
Se pudesse fazer uma escolha, uma que fosse
Mudaria minha condição humana
Pra inanimada.
Quem muito pensa, sente menos, aumenta a intensidade do mundo ao seu redor,
E consequentemente não pode ser feliz.
E que vida é essa de infelicidade em que somos jogados sem escolha ao nascer?
Momentos felizes é tudo o que se pode esperar da breve existência humana.
O resto é falha e desilusão,
Pra gerar uma pretensa necessidade de amor, volta por cima e estabilidade.
A felicidade da busca, o equilíbrio...
É uma grande mentira.

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