Devido a problemas de saúde, não pude ir pro final de semana do Encontro do Interior da UFF, em Angra dos Reis.
Batalhei muito pro acontecimento do pré-encontro, da conscientização da galera e acabei me surpreendendo com o resultado: foram em torno de 50 pessoas pra lá.
Ia ficar em casa de molho, me lamentando por ter deixado passar o final de semana q me empolgou, preocupou e consumiu por 2 meses.Mas com saúde não se brinca, tive que me segurar em casa.
Em compensação, acabei saindo com minha namorada e um grupo de amigos em comum.
E foi bom, no geral.
As vezes me espanto com meu poder de síntese, mas realmente não aconteceu nada de tão incrível pra ser descrito aqui.
Fomos a 14ª Parada LGBT do Rio de Janeiro, que começou oficialmente as 15:00h do dia 01/11, em Copacabana, no posto 6 e tinha como percurso ir até o posto 2.
Apesar da chuva, encheu bastante e, em comparacão às outras paradas, teve uma novidade: uma "comissão de frente" e um trio elétrico com vários representantes de várias religiões.
Achei interessante terem tocado nesse assunto, já que parece um tabu até mesmo pra nós discutirmos essas questões religiosas.Atualmente a perspectiva de respeito, compaixão, solidariedade e aceitação tem melhorado consideravelmente, mas ainda há muito a ser feito.O fato de ter a presença de líderes religiosos diversos na Parada Gay foi um avanço enorme.
Falanado em avanço, fiquei muito feliz de saber que o Ministro Carlos Minc, o Governador Sergio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes estavam por lá, oferecendo apoio e aderindo a nossa causa.
Não gosto do Sergio Cabral politicamente, mas tenho que admitir que na causa gay pelo menos, desde sempre, ele foi muito engajado (ou pelo menos finge muito bem).
O discurso do Eduardo Paes (outro que não gosto) foi um tanto capitalista e "guetista", quando ele disse que o turismo gay era muito importante pra cidade do Rio, porque todos os hotéis da zona sul estavam lotados.Mas reconheço que esse tipo de apoio político confere maior densidade e seriedade a esse tipo de movimento, coisa aliás que eu não via há algum tempo.
Parece-me que essa parada foi especialmente politizada e teve seus pontos positivos.
O próprio Eduardo Paes disse que quer/vai abrir uma superintendência para assuntos homossexuais na Prefeitura pra diminuir os casos de agressões e manifestações de homofobia em geral.
Achei válido, mas não sei se vai realmente acontecer.
Em todo caso, pelo menos eu não perdi o final de semana.
Consegui sair no domingo, tive uma ótima tarde e ainda namorei um pouquinho.
O chato foi ter que voltar a realidade da Odontologia em Nova Friburgo logo depois do feriado.
Quem sabe isso passa um dia?
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Só pra ela...
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Isso é normal e comum.
Mas acho que agora vai.
Ela é responsável, decidida e sabe me dar o carinho e a atenção necessárias.
A gente se adora, brigamos de vez enquando e até nos odiamos por alguns segundos, e é isso que me leva a crer que vai dar certo.
Quando as coisas estão 100% perfeitas e bonitinhas, me dá medo.
Enquanto tiver coisa pra mudar, é porque tem alguma coisa incomodando.Se não incomodasse é que seria problemático.
Adoro resolver nossos problemas, seja brigando ou conversando.
E eu te juro que meu empenho em querer fazer dar certo é verdadeiro e intenso.
E, como eu prometi, um poemeco pra ti.
Te amo, princesa.
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Encontro
A distância que se mede em um olhar lacrimejado
A saudade que se mostra em um sorriso frouxo
A ausência que se toca em um abraço demorado
As lembranças que só o perfume certo trazem à tona.
A vontade contida no esperar das horas
O desejo que se consome nos sonhos inquietos
As palavras repletas de beleza pesam
No doce pesar que cresce a dor da despedida.
A chegada que nunca chega
A boca seca arde, queima por um beijo
A leveza tristonha de um momento a menos
E seus passos largos, rápidos como vento.
Só quero que chegues
E chegando, que aplaques minha angústia
E aplacada, a angústia dará lugar a alegria
E a alegria transbordará com som e paixão.
A paixão virá com fúria
E a fúria te trará com pressa
E com pressa, aprisiona a presa
Que és tu em meus tão aflitos braços.
Em meus braços, abraços mordazes
Mordazes, beijos ferozes
Mordazes, beijos ferozes
Ferozes, corpos, luxúria e volúpia
Volúpia que te fará minha.
Depois de atritos vulgares
Lugares memoráveis, romantismo púrpura
Corpos lívidos cansados
Pele nua que nos torna livres.
A liberdade de estar presa nos seus gestos
Traduzindo o que nossos teimosos olhos
Escondem, revelando ao piscar, sem se saber apaixonados
Ao se cruzarem delatam a nossa tão tamanha felicidade.
A hora da partida nunca vai chegar
Enquanto nossas pernas enlaçadas
Não permitem aos nossos passos se distanciar
Na cela que nos aprisiona
No nosso tão particular infinito
Nos limites desta cama
No tempo que dura do crepúsculo ao amanhecer
Na completude incompleta de quem ama.
Eu te amo.
Tu me amas?
Não responda, não precisa.
O silêncio dos teus braços já me basta.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Tudo é melhor com essa cor...Vermelha!
Surgiu o assunto cor de cabelo, não me lembro bem porque, provavelmente devido à minha mudança de morena pra ruiva.
E, papo vai, papo vem, chegamos a conclusão de que uma simples cor muda a vida de uma mulher.

Uma mulher com cabelo vermelho se sente uma diva.Se estiver com o esmalte de suas unhas vermenho, se sente pronta pra entrar na história.Com batom vermelho, pode enfrentar um querra.Um scarpin vermelho faz ela se sentir pronta pra conquistar o mundo.Vestido tubinho vermelho a faz sentir, no mínimo, sexy.Se a lingerie for vermelha então...sorte de quem vai poder desfrutar de toda a sua diabolicidade.
Agora, dois ou mais desses itens combinados, como batom, scarpin, esmalte e vestido, por exemplo, dão a sensação de que ela é o apocalipse em pessoa pousando em terra.É a exata dimensão de que ela pode destruir famílias ou comprar almas.Toda a força cósmica do Universo está contido no âmago de seu ser.Agora...Por que o raio do vermelho?
Pras românticas, cor da paixão.Pras safadas, cor da sensualidade.Pra todas as pessoas que estão a volta, quente, muito quente.
Um vermelho bem usado dá o poder!
É quase a mesma sensação que o preto trás, com a diferença que se você usar batom preto pode assustar ao invés de atrair.E também, o preto não entra em contraste com as peles mais escuras.
Negras, usem mais vermelho, por favor.Homens e mulheres agradecem.

Tudo bem, tem aquela questão que o preto emagrece e cabe em qualquer ocasião.Óbvio, ninguém iria a um velório de vermelho, não no Brasil.
Mas o vermelho também tem a sua aplicabilidade, se for bem combinado e em tons menos...quentes.
O vermelho revolucionou tanto a moda que mulheres casam de vermelho, coisa que pra sociedade foi um enorme escândalo no início, mas depois foi se tornando normal.
Mas nem a noiva cadáver casou-se de preto.
Porém, de uma coisa nenhuma de nós, mulheres mortais, escapamos: a tentação! E vermelho É a cor da tentação, absolutamente.
A tal maçã que a Eva mordeu, segundo a Bíblia, era de que cor? Vermelha! E era o tão famigerado fruto proibido.Aliás, vermelho está em absolutamente todas as religiões, sejá por metáforas ou não, ele está marcando sua presença.
Os iogurtes no mercado não tem sabor "frutas amarelas", nem "frutas verdes", mas todas nós já saboreamos aquele iogurte (Zero Açúcar, pra não engordar) com sabor de frutas vermelhas.
E assim como os iogurtes, temos uma infinidade de doces feitos com frutas vermelhas.E são as melhores!
Nunca vi ninguém dizer: "ai, gente, não como morango porque eu não gosto". Só não come quem é alérgico, e mesmo assim, fica com muita vontade quando vê alguém saboreando a tal frutinha.
Vermelho está presente na cor de várias bandeiras de vários países e estados.Difícil é não vê-la por aí.É a cor de vários movimentos históricos e políticos importantes.O comunismo, por exemplo.Normalmente vermelho está ligado à força, guerras, lutas, etc.
Mais um argumento que reforça o poder do vermelho.
Vermelho é uma cor tão clássica...A Ferrari é vermelha, daí até a cor mais específica impossível: vermelho ferrari.
Vermelho também é ciência: o sangue é vermelho, nossos músculos são vermelhos e a grande maioria dos nosso órgãos também são vermelhos.Nascemos vermelhos, por dentro e por fora, antes do médico dar aquela espetacular palmadinha em nossos bumbuns, e depois da palmada, vermelhos de tanto chorar.
Isso me lembra das emoções as quais associamos a cor em questão.Além das já imaginadas, como amor e paixão, temos a coragem com seu vermelho imponente, a raiva com seu vermelho perigoso e a timidez ou vergonha com suas faces rubras, por exemplo.
Os times de futebol então...No Rio de Janeiro temos o Fluminense, com seu verde, vermelho e branco; o Flamengo com seu vermelho e preto e o Vasco com sua humilde, significante e simbólica cruz de malta.Só o Botafogo, a estrela solitária, ficou sozinho nessa também.
E quer coisa mais culturalmente conhecida no Brasil do que futebol? Só o samba mesmo...E o vermelho também está lá, no Salgueiro, por exemplo.E só estamos falando do Rio de Janeiro.
O vermelho move a economia, ou ninguém nunca ouviu a expressão "estou no vermelho"? O vermelho indica se sua gasolina está acabando e se você deve parar na rua pra que outras pessoas possam atravessar.Vermelho é a segurança sendo burlada, é o alerta de invasores de todos os filmes de ação, é a cor das sirenes das ambulâncias e dos carros de polícia.Para o bem ou para o mal, o vermelho está lá.
Vermelho é quase lúdico.É a capa do Super Homem, a tanguinha da Mulher Maravilha, são os cabelos de Jean Gray, os raios que saem dos olhos de Ciclope, é a cor do Flash, é a blusa do Pooh, é o nariz do Frajola...Vermelho está nos detalhes da nossa infância/adolescência.Só não fica bom nos boletins, o que sinaliza loucamente perigo GRAVE.
Mas de todas as aplicações incríveis do vermelho, a melhor delas é empregada nas fêmeas de nossa espécie humana.
Mulheres comuns, vestidas de vermelho se tornam mulherões em um piscar de olhos.
O vermelho é também muito traiçoeiro.Não são todas que podem usar e ousar em um vermelho.Só as realmente poderosas.
Chamo de poderosas não as que tem muito dinheiro, ou que são estupidamente belas e sensuais já sem vermelho.Além dessas, poderosas são todas as mulheres que acreditam em si e sabem da incrível força que possuem.
Mulheres com sorriso no rosto, liberdade exalando de seus corpos, garra e vontade de viver, lutar e crescer, essas estão preparadíssimas pra encarar um visual mulher-vulcão.
E eu não sou nada diferente dessas mulheres.Talvez por isso fique tão bem ruiva.E confesso, sofro de ruivice aguda, que passou a ser crônica.Pra mim não tem mais cura, felizmente.
É como diz na música:

Meu apelido é explosão!
Queimando as rodas pela pista eu sigo em plena contramão.
Garota, escute com cuidado...
Sou osso duro de roer!
Se eu te agarro pela noite eu largo em pleno amanhecer.
E eu não preciso te dizer, que do meu lado, do meu lado é pra valer.
Do meu lado é pra valer!
Do meu lado é pra valer!Meu codinome é dinamite!
Meu apelido é explosão!
Queimando as cordas pela pista eu sigo em plena contramão
Não vá pensar que no meu peito, não bate nenhum coração...
Mas quem acompanha o Homem Brasa é a Garota Explosão!
Eu não preciso te dizer, que do meu lado, do meu lado é pra valer.
Do meu lado é pra valer!
Do meu lado é pra valer!
Vamos pintar o mundo de vermelho.
E, mulheres...Coloquem um pouco mais de vermelho nas suas vidas pra dar cor e graça às demais.
domingo, 27 de setembro de 2009
Declarações...
Para uma certa pessoa que pode me fazer apaixonar em potencial, cada dia mais.
E que também adora estrelas.
Bem como eu.
Céu de Noite
As estrelas são muitas, o brilho delas intenso, longínquo.
Mas perto dos seus olhos, com o sorriso fazendo par,
Nenhuma delas parece brilhar mais.
Não sei se vais se importar, ou se vais rir apenas,
Mas não importa mais o espaço ou o tempo que nos divide
Em duas metades desencontradas.
És bela e sutil.
E eu apenas a admirar, calada.
Não sei se posso me aproximar,
Mas não posso pedir permissão pra me apaixonar.
E o risco de que isto aconteça é enorme.
Hoje olho as estrelas, banhadas pelo manto negro da noite
E te imagino em cada uma delas,
Belas, sutis, irradiando seu brilho...
Mas tão distantes!
Em um desejo louco de te presentear,
Lanço-me aos céus para uma estrela buscar
E esta será tua.
E sempre que eu olhar o céu,
Será você a estrela que nele falta.
E que também adora estrelas.
Bem como eu.
Céu de Noite
As estrelas são muitas, o brilho delas intenso, longínquo.
Mas perto dos seus olhos, com o sorriso fazendo par,
Nenhuma delas parece brilhar mais.
Não sei se vais se importar, ou se vais rir apenas,
Mas não importa mais o espaço ou o tempo que nos divide
Em duas metades desencontradas.
És bela e sutil.
E eu apenas a admirar, calada.
Não sei se posso me aproximar,
Mas não posso pedir permissão pra me apaixonar.
E o risco de que isto aconteça é enorme.
Hoje olho as estrelas, banhadas pelo manto negro da noite
E te imagino em cada uma delas,
Belas, sutis, irradiando seu brilho...
Mas tão distantes!
Em um desejo louco de te presentear,
Lanço-me aos céus para uma estrela buscar
E esta será tua.
E sempre que eu olhar o céu,
Será você a estrela que nele falta.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Pensando alto
Tem horas que me pego pensando: e se...?
A vida é uma só, bem como nossas escolhas.
Não dá pra prever nada e também ficar se lamentando é perda de tempo.
A gente tem que pensar nagente primeiro, se aceitar, e ficar bem com nós mesmos é uma dificuldade tremenda.
Mas depois que isso acontece (o que eu considero o básico da vida), já foi tomada a decisão de sermos felizes, não importa como.
Tem gente que cai na ilicitude e acha que isso resolve os seus problemas.Uma pena, porque nenhuma dessas pessoas tem uma vida tranquila, e a maioria não vive por muito tempo.
Tem gente que apenas se deu conta que não precisa ser do jeito que a sociedade espera, que a família gostaria, que os amigos preferem, mas que apenas deve ser da melhor maneira possível pra se confortar com seu ego (ou alter-ego, ou eu interior, sei lá...isso fica pra galera de psicologia).
Por que falo isso?
Porque nessa semana última minha sexualidade foi questionada (até aí, nenhuma novidade), mas de uma forma que eu nunca tinha escutado.Me perguntaram "se você pudesse mudar o que vc é, lésbica, você mudaria?"
Fiquei pensando em várias respostas, mas variavam entre sim e não.
Sim, porque a vida de homossexuais, travestis, bissexuais, trangêneros, é repleta de preconceito, rótulos, marginalização por uma sociedade essencialmente machista e homofóbica, e o pior preconceito social não é nas ruas, nas faculdades e nem no trabalho, é aquele que acontece dentro de casa, com a família.
Sim, porque seria muito mais fácil e aceitável viver assim.
Pense só: se você fosse uma coisa que te condenasse a olhares tortos pels ruas, a não compreensão dos seus pais, e em alguns casos a negação do amor deles por você, logo você que é filh@, fruto daquelas pessoas que você ama tanto.Imagine se você tivesse que abandonar todas convicções que te ensinaram desde pequenininh@, e lutar todos os dias, matar leões, remar contra a correnteza e se acostumar com uma vida nova, só porque você é um pouco diferente do que as pessoas esperavam que você fosse.
Mas...A facilidade não tem graça, não pra mim.
Nesse caso, pra essa pergunta, eu respondi que NÃO, se eu pudesse mudar a minha sexualidade, não deixaria de ser lésbica.Porque além de eu estar muito bem comigo mesma, é essa luta diária, essas batalhas que eu enfrento pra que um dia a sociedade nos aceite como um todo que me enchem de novas esperanças.
Se a "medida do amor é amar sem medida", porque o amor hetero normativo pode e o meu não?
Continua sendo amor, gente!
E eu não estou agredindo ninguém.Só que eu penso que se a sociedade nunca tiver contato com essas formas de amar, nunca vai se acostumar, entender, respeitar, aceitar.
Eu tenho a consciência de que não estou fazendo nada de errado mesmo!
E um dia todo mundo vai perceber que não existe diferença entre quem eu amo, ou quant@s eu amo, se é ao mesmo tempo ou não, assim como vão deixar de ter pena de pessoas com necessidades especiais e vão passar a admirar as suas superações, assim como um dia vão perceber que a cor da pele de uma pessoa não interfere em nada no seu caráter e/ou na sua conduta, assim como um dia todo mundo vai perceber que um Deus não é melhor ou mais poderoso que o outro e que, no fundo, no fundo, são todos um único Deus.
Um dia a sociedade vai perceber que cada um tem suas particularidades, mas que não é nenhum absurdo conviver com pessoas tão diferentes entre si.
Nesse dia a palavra "RESPEITO" vai sair do dicionário e vai pras ruas.
E é nisso que eu acredito.Que todos deveríamos acreditar, mas cada um a seu tempo, seu modo.
Então...Não faz o menor sentido eu querer mudar alguma coisa em mim que não seja a cor do meu cabelo (porque eu não sou ruiva natural, mas me considero uma "naturalizada").
É isso que me move a lutar todos os dias contra um preconceito bobo que foi fundamentalizado ao longo de milênios e que nos acusa de disvirtuantes da moral e bons costumes, como se fôssemos uma grande novidade.Novidade essa que existe desde a grécia antiga, mas sempre foi marginalizada.
O que é difícil de fazer entender é que somos gente.
E que não somos imorais ou pervertidos.
Não corrompemos pessoas.
Não somos rebeldes (muito menos sem causa).
Não somos nada diferente daquilo que os hetero normativos são, em caráter e personalidade.
Apenas amamos pessoas do mesmo sexo e se é isso que nos deixa feliz, porque é que temos que mudar e trocar a nossa felicidade pela felicidade preconceituosa de um bando de gente que nem conhecemos?
Isso é que não faz o menor sentido pra mim.
Se você é homossexual, bissexual, travesti, transgênero, e ainda tem medo por causa de ataques e agressões das pessoas lá fora do seu armário, eu faço um convite que se retire desse comodismo imadiatamente.Nunca é fácil se assumir, se aceitar, levar isso a conhecimento da família, dos colegas de trabalho, pessoal da faculdade, e as outras pessoas no seu contexto social.Mas ninguém vai morrer porque você disse uma coisa inesperada.
Quanto mais gente lutando, lado a lado, maior será a nossa força.Todos saem ganhando.
Quem imaginou uma discussão tão grande a cerca do PL122 - Lei contra a Homofobia?
Quem imaginou casais homossexuais adotando crianças?
Isso só aconteceu depois de muita luta.Infelizmente algumas vidas foram perdidas e pessoas ficaram impunes por esses crimes, mas não é o fim.
"Podem até matar uma ou duas flores, mas não podem impedir a primavera" - Che Guevara.
E...Se você é heterossexual, normativo ou não, pense bem antes de rotular, agredir, difamar pessoas que você pode até não conhecer, mas não tem direito de julgar e/ou condenar por causa das suas diferenças.Somos seres humanos, de igual valor, e temos emoções, somos feitos de carne e osso e vivemos na mesma sociedade.
Não pedimos sua aprovação nem o seu silêncio.Queremos respeito.Também somos gente.
Apenas isso.
A vida é uma só, bem como nossas escolhas.
Não dá pra prever nada e também ficar se lamentando é perda de tempo.
A gente tem que pensar nagente primeiro, se aceitar, e ficar bem com nós mesmos é uma dificuldade tremenda.
Mas depois que isso acontece (o que eu considero o básico da vida), já foi tomada a decisão de sermos felizes, não importa como.
Tem gente que cai na ilicitude e acha que isso resolve os seus problemas.Uma pena, porque nenhuma dessas pessoas tem uma vida tranquila, e a maioria não vive por muito tempo.
Tem gente que apenas se deu conta que não precisa ser do jeito que a sociedade espera, que a família gostaria, que os amigos preferem, mas que apenas deve ser da melhor maneira possível pra se confortar com seu ego (ou alter-ego, ou eu interior, sei lá...isso fica pra galera de psicologia).
Por que falo isso?
Porque nessa semana última minha sexualidade foi questionada (até aí, nenhuma novidade), mas de uma forma que eu nunca tinha escutado.Me perguntaram "se você pudesse mudar o que vc é, lésbica, você mudaria?"
Fiquei pensando em várias respostas, mas variavam entre sim e não.
Sim, porque a vida de homossexuais, travestis, bissexuais, trangêneros, é repleta de preconceito, rótulos, marginalização por uma sociedade essencialmente machista e homofóbica, e o pior preconceito social não é nas ruas, nas faculdades e nem no trabalho, é aquele que acontece dentro de casa, com a família.
Sim, porque seria muito mais fácil e aceitável viver assim.
Pense só: se você fosse uma coisa que te condenasse a olhares tortos pels ruas, a não compreensão dos seus pais, e em alguns casos a negação do amor deles por você, logo você que é filh@, fruto daquelas pessoas que você ama tanto.Imagine se você tivesse que abandonar todas convicções que te ensinaram desde pequenininh@, e lutar todos os dias, matar leões, remar contra a correnteza e se acostumar com uma vida nova, só porque você é um pouco diferente do que as pessoas esperavam que você fosse.
Mas...A facilidade não tem graça, não pra mim.
Nesse caso, pra essa pergunta, eu respondi que NÃO, se eu pudesse mudar a minha sexualidade, não deixaria de ser lésbica.Porque além de eu estar muito bem comigo mesma, é essa luta diária, essas batalhas que eu enfrento pra que um dia a sociedade nos aceite como um todo que me enchem de novas esperanças.
Se a "medida do amor é amar sem medida", porque o amor hetero normativo pode e o meu não?
Continua sendo amor, gente!
E eu não estou agredindo ninguém.Só que eu penso que se a sociedade nunca tiver contato com essas formas de amar, nunca vai se acostumar, entender, respeitar, aceitar.
Eu tenho a consciência de que não estou fazendo nada de errado mesmo!
E um dia todo mundo vai perceber que não existe diferença entre quem eu amo, ou quant@s eu amo, se é ao mesmo tempo ou não, assim como vão deixar de ter pena de pessoas com necessidades especiais e vão passar a admirar as suas superações, assim como um dia vão perceber que a cor da pele de uma pessoa não interfere em nada no seu caráter e/ou na sua conduta, assim como um dia todo mundo vai perceber que um Deus não é melhor ou mais poderoso que o outro e que, no fundo, no fundo, são todos um único Deus.
Um dia a sociedade vai perceber que cada um tem suas particularidades, mas que não é nenhum absurdo conviver com pessoas tão diferentes entre si.
Nesse dia a palavra "RESPEITO" vai sair do dicionário e vai pras ruas.
E é nisso que eu acredito.Que todos deveríamos acreditar, mas cada um a seu tempo, seu modo.
Então...Não faz o menor sentido eu querer mudar alguma coisa em mim que não seja a cor do meu cabelo (porque eu não sou ruiva natural, mas me considero uma "naturalizada").
É isso que me move a lutar todos os dias contra um preconceito bobo que foi fundamentalizado ao longo de milênios e que nos acusa de disvirtuantes da moral e bons costumes, como se fôssemos uma grande novidade.Novidade essa que existe desde a grécia antiga, mas sempre foi marginalizada.
O que é difícil de fazer entender é que somos gente.
E que não somos imorais ou pervertidos.
Não corrompemos pessoas.
Não somos rebeldes (muito menos sem causa).
Não somos nada diferente daquilo que os hetero normativos são, em caráter e personalidade.
Apenas amamos pessoas do mesmo sexo e se é isso que nos deixa feliz, porque é que temos que mudar e trocar a nossa felicidade pela felicidade preconceituosa de um bando de gente que nem conhecemos?
Isso é que não faz o menor sentido pra mim.
Se você é homossexual, bissexual, travesti, transgênero, e ainda tem medo por causa de ataques e agressões das pessoas lá fora do seu armário, eu faço um convite que se retire desse comodismo imadiatamente.Nunca é fácil se assumir, se aceitar, levar isso a conhecimento da família, dos colegas de trabalho, pessoal da faculdade, e as outras pessoas no seu contexto social.Mas ninguém vai morrer porque você disse uma coisa inesperada.
Quanto mais gente lutando, lado a lado, maior será a nossa força.Todos saem ganhando.
Quem imaginou uma discussão tão grande a cerca do PL122 - Lei contra a Homofobia?
Quem imaginou casais homossexuais adotando crianças?
Isso só aconteceu depois de muita luta.Infelizmente algumas vidas foram perdidas e pessoas ficaram impunes por esses crimes, mas não é o fim.
"Podem até matar uma ou duas flores, mas não podem impedir a primavera" - Che Guevara.
E...Se você é heterossexual, normativo ou não, pense bem antes de rotular, agredir, difamar pessoas que você pode até não conhecer, mas não tem direito de julgar e/ou condenar por causa das suas diferenças.Somos seres humanos, de igual valor, e temos emoções, somos feitos de carne e osso e vivemos na mesma sociedade.
Não pedimos sua aprovação nem o seu silêncio.Queremos respeito.Também somos gente.
Apenas isso.
domingo, 13 de setembro de 2009
Vamos amar, gente!!
Todas as formas de amar são livres
Todas as formas de amar são válidas
Todas as formas de amar são lindas
Todas as formas de amar são vivas
Todas as formas de amar são dignas
Todas as formas de amar são todas
Todas as formas de amar são infinitas
Todas as formas de amar são claras
Todas as formas de amar são raras
Todas as formas de amar são únicas
Todas as formas de amar são mágicas
Todas as formas de amar são amor
E Graças a Deus!
Tenho muito orgulho.
Mas, o propósito aqui é outro.
Depois de passar por uma fase bastante dark e down (e, de fato, ainda estou saindo dela), acabei percebendo que o amor move tudo.Tanto pro mal, como tive a infelicidade e o disprazer de degustar, quanto pro bem.
E é exatamente sobre isso que quero falar.
Vamos amar, gente!
O amor muda a gente, recupera corações, refaz esperanças, é o sopro de vida pros desesperados, é a beleza do pôr-do-sol, das estrelas e das noites de luar, afinal de contas, o amor é uma caixinha de lápis de cor que a gente usa pra pintar essa nossa vida.
Vamos AMAR: a nós mesmos, a família, @s amig@s em geral (até os não tão próximos), a profissão, @ companheir@ que está com a gente e aqueles que a gente já teve.
A gente já tem tanta correria e desespero do dia-a-dia, tem que ter uma válvula de escape.
Nada melhor do que uma coisa tão linda e perfeita dessas, né?
O amor dá vontade de viver, e a vontade de viver move as pessoas, faz com que lutemos por nossos objetivos, nossos sonhos, até pessoas doentes tentem a uma melhora mais rápida e eficiente em seus quadros clínicos quando tem vontade de viver (também porque se dispõem a cooperar mais com os médicos, dentistas, enfermeiros, nutricionistas, etc...).
A vida é muito curta, e a gente tem que aproveitar ao máximo.
Foi comprovado cientificamente que o ser humano tende a guardar mais memórias ruins do que boas no decorrer da vida.Mais um motivo pra quando se tiver um bom momento aproveitá-lo até o máximo possível.E por que não criarmos enúmeros bons momentos?
Quando estamos felizes, amando a vida, a nós mesmos, atraímos pessoas positivas, energias boas, e isso não é papo de auto-ajuda nem de "O Segredo" (eu detestei o filme, gente, desculpa).
Quando estamos bem, estamos muito mais dispostos a ouvir, a falar, a compreender, a tolerar, a cuidar, e portanto, somos cercados de pessoas que, por mais mau humoradas que estejam, acabam se rendendo à delicadeza e à gentileza nossa.
Gentileza REALMENTE gera Gentileza.
Vamos aproveitar mais o que nós mesmos deixamos passar batido todos os dias.
Vamos esquecer os rótulos, os pré-conceitos, os conceitos!
Tá mais do que na hora de pararmos um pouco e elogiarmos alguém, dar abraços, gritar de felicidade.
Gerar sorrisos é a minha profissão, mas independente disso, todo mundo podia se perguntar como pode fazer o que faz todos os dias de uma maneira melhor, com mais prazer, com mais força de vontade.
Garanto que o mundo ganharia outras cores.
Vamos dialogar, argumentar e debater, pra podermos contruir.
Chega de conflitos.
Vamos parar por 5 minutos a correria e o stress da faculdade, do trabalho, da hora de almoço.Pára de achar que só o seu carro não anda, que a fila do lado tá indo mais rápido no mercado, que o caixa do banco tá de sacanagem com a sua cara.Aumenta o som do carro e canta bem alto, ajuda a pessoa na sua frente a passar as compras pra você receber um "obrigad@" e ainda agilizar a sua vida, e se o caixa do banco estiver de má vontade, ofereça um tratamento cordial, gentil e presenteie ele(a) com um sorriso.Garanto que pelo menos você vai ser bem atendido.
Não fale mal de ninguém, se coloque no lugar do outro, imagine as dificuldades que outras pessoas tem que passar e ultrapassar todos os dias.Seja condescendente.
Ganhou um fora? Tomou um "NÃO" pela milésima vez? Vai ver uma comédia no cinema, vai fazer alguma coisa que te dê prazer e não tenha nada a ver com romance.Ajuuuuuda...! Porque eu fiz isso algumas (muitas) vezes, e posso afirmar que te alivia mesmo.
Cansou de tudo?
Grita "FODA-SE!". É um palavrão que te acalma, desestressa, te põe nos eixos...Mas não fale isso pro seu chefe, seu professor ou pra sua mãe.É muito contra-indicado.
Tenha bom humor sempre.Ria dos seus próprios erros, afinal de contas, é com eles que você aprende mesmo...Diversão aumenta as chances de aprendizado (moderadamente, claro, não faça da sua faculdade/escola um circo...No máximo você só consegue um nariz de palhaço e uma reprovação no final do ano).
Ame a vida, tenha fé, acredite nas pessoas, valorize as pequenas coisas da sua vida e ao seu redor (mas as pequenas coisas belas...não se preocupe com a cor da meia da mulher do vizinho), se ame mais, sem ser egocêntrico, afinal você não é centro do universo, é só uma parte muito importante nele como um todo, bem como os demais.
E é nesse clima de "mundo cor-de-rosa" que eu termino a minha postagem de hoje.
E, não se esqueça, um dia bom começa com um "BOM DIA"!
Todas as formas de amar são válidas
Todas as formas de amar são lindas
Todas as formas de amar são vivas
Todas as formas de amar são dignas
Todas as formas de amar são todas
Todas as formas de amar são infinitas
Todas as formas de amar são claras
Todas as formas de amar são raras
Todas as formas de amar são únicas
Todas as formas de amar são mágicas
Todas as formas de amar são amor
E Graças a Deus!
Tenho muito orgulho.
Mas, o propósito aqui é outro.
Depois de passar por uma fase bastante dark e down (e, de fato, ainda estou saindo dela), acabei percebendo que o amor move tudo.Tanto pro mal, como tive a infelicidade e o disprazer de degustar, quanto pro bem.
E é exatamente sobre isso que quero falar.
Vamos amar, gente!
O amor muda a gente, recupera corações, refaz esperanças, é o sopro de vida pros desesperados, é a beleza do pôr-do-sol, das estrelas e das noites de luar, afinal de contas, o amor é uma caixinha de lápis de cor que a gente usa pra pintar essa nossa vida.
Vamos AMAR: a nós mesmos, a família, @s amig@s em geral (até os não tão próximos), a profissão, @ companheir@ que está com a gente e aqueles que a gente já teve.
A gente já tem tanta correria e desespero do dia-a-dia, tem que ter uma válvula de escape.
Nada melhor do que uma coisa tão linda e perfeita dessas, né?
O amor dá vontade de viver, e a vontade de viver move as pessoas, faz com que lutemos por nossos objetivos, nossos sonhos, até pessoas doentes tentem a uma melhora mais rápida e eficiente em seus quadros clínicos quando tem vontade de viver (também porque se dispõem a cooperar mais com os médicos, dentistas, enfermeiros, nutricionistas, etc...).
A vida é muito curta, e a gente tem que aproveitar ao máximo.
Foi comprovado cientificamente que o ser humano tende a guardar mais memórias ruins do que boas no decorrer da vida.Mais um motivo pra quando se tiver um bom momento aproveitá-lo até o máximo possível.E por que não criarmos enúmeros bons momentos?
Quando estamos felizes, amando a vida, a nós mesmos, atraímos pessoas positivas, energias boas, e isso não é papo de auto-ajuda nem de "O Segredo" (eu detestei o filme, gente, desculpa).
Quando estamos bem, estamos muito mais dispostos a ouvir, a falar, a compreender, a tolerar, a cuidar, e portanto, somos cercados de pessoas que, por mais mau humoradas que estejam, acabam se rendendo à delicadeza e à gentileza nossa.
Gentileza REALMENTE gera Gentileza.
Vamos aproveitar mais o que nós mesmos deixamos passar batido todos os dias.
Vamos esquecer os rótulos, os pré-conceitos, os conceitos!
Tá mais do que na hora de pararmos um pouco e elogiarmos alguém, dar abraços, gritar de felicidade.
Gerar sorrisos é a minha profissão, mas independente disso, todo mundo podia se perguntar como pode fazer o que faz todos os dias de uma maneira melhor, com mais prazer, com mais força de vontade.
Garanto que o mundo ganharia outras cores.
Vamos dialogar, argumentar e debater, pra podermos contruir.
Chega de conflitos.
Vamos parar por 5 minutos a correria e o stress da faculdade, do trabalho, da hora de almoço.Pára de achar que só o seu carro não anda, que a fila do lado tá indo mais rápido no mercado, que o caixa do banco tá de sacanagem com a sua cara.Aumenta o som do carro e canta bem alto, ajuda a pessoa na sua frente a passar as compras pra você receber um "obrigad@" e ainda agilizar a sua vida, e se o caixa do banco estiver de má vontade, ofereça um tratamento cordial, gentil e presenteie ele(a) com um sorriso.Garanto que pelo menos você vai ser bem atendido.
Não fale mal de ninguém, se coloque no lugar do outro, imagine as dificuldades que outras pessoas tem que passar e ultrapassar todos os dias.Seja condescendente.
Ganhou um fora? Tomou um "NÃO" pela milésima vez? Vai ver uma comédia no cinema, vai fazer alguma coisa que te dê prazer e não tenha nada a ver com romance.Ajuuuuuda...! Porque eu fiz isso algumas (muitas) vezes, e posso afirmar que te alivia mesmo.
Cansou de tudo?
Grita "FODA-SE!". É um palavrão que te acalma, desestressa, te põe nos eixos...Mas não fale isso pro seu chefe, seu professor ou pra sua mãe.É muito contra-indicado.
Tenha bom humor sempre.Ria dos seus próprios erros, afinal de contas, é com eles que você aprende mesmo...Diversão aumenta as chances de aprendizado (moderadamente, claro, não faça da sua faculdade/escola um circo...No máximo você só consegue um nariz de palhaço e uma reprovação no final do ano).
Ame a vida, tenha fé, acredite nas pessoas, valorize as pequenas coisas da sua vida e ao seu redor (mas as pequenas coisas belas...não se preocupe com a cor da meia da mulher do vizinho), se ame mais, sem ser egocêntrico, afinal você não é centro do universo, é só uma parte muito importante nele como um todo, bem como os demais.
E é nesse clima de "mundo cor-de-rosa" que eu termino a minha postagem de hoje.
E, não se esqueça, um dia bom começa com um "BOM DIA"!
domingo, 9 de agosto de 2009
Mais poesia...
Pelo tempo que deixei de escrever aqui, eu sei que meus leitores tem motivos suficientes pra se revoltarem e me cobrarem muito, mas tive cá meus motivos.Embora nenhum deles seja desculpa suficiente pra uma ausência desse tamanho, eu venho aqui pra tentar recompensá-los com a seguinte novidade: estou escrevendo um novo romance.E este, pretendo publicar aqui.
Enfim...Essas novidades literárias, só serão vistas e degustadas pelos meus queridos leitores depois de toda a história pronta...até mesmo pra que ninguém se sinta prejudicado pela demora nas postagens, etc...
Agora, fiquem vocês com a poesia.
Ainda... O tempo.
O olhar que não se perde
Que insiste em me rodear
E as chamas em forma de círculos
Ao meu redor,
Combinando com meus cabelos
Fazendo voltas, ao vento, atrevidos
Tentam te chamar.
Só você me encontra, onde quer que eu vá
Mas pra que me encontrar
Se não tenho idéia sobre o que dirá
O que fará
Ou como devo me portar?
Não esmorece esse bater descompassado
E as esperanças sempre se apagam
Mas nunca desaparecem por fim
E o silêncio que sai de sua boca
É combustível pra minha imaginação
E as conjecturas são as mais diversas possíveis.
Medo é o que mais me define
Uma vida bonita e triste
Num sorriso amarelado com sabor de saudade
Lágrimas que não se bastam
E gritam por gritos cada vez mais fortes
Do tamanho da minha dúvida.
E minha dúvida do tamanho da minha tristeza.
Nesses ciclos infindos
Sobre seus olhares lindos
E meu sonhar cada vez mais indiscreto
Ficam meus desesperos
Revestidos de dúvidas e medos.
Quando é o tempo
Onde é o lugar
Como é o modo
Amor é tudo o que eu sinto
E o que faz o tempo, o lugar e o modo
Perderem completamente a importância.
Mas se você não vem,
Não há tempo, lugar ou modo que te aproximem
Do meu tão nobre e imenso sentimento.
E este permanece aqui, à tua espera.
Às vezes penso que é melhor dar as costas e caminhar
Seguir a minha vida da forma como puder.
Mas nada acontece, por mais que tente.
Não tem como fugir de você.
Você me segue e me domina,
Aonde quer que eu vá.
Às vezes acredito que é melhor pra nós duas
Se eu sumir e me afastar.
Mas não sei, não posso adivinhar
Como vai reagir, se vai se importar
Se vai sentir falta, se vai pedir pra que eu não vá.
E nesse vai e vem, melhor mesmo é ficar.
E te esperar.
Sabe-se lá por que,
Ou por quem.
Mas, em meio a tantas dúvidas,
Melhor não arriscar o pouco amor teu
Que o muito amor meu tenta alcançar
Através de uma ponte ínfima de esperança,
Carinho e cuidado,
Que cisma em se perpetuar
Por pior que seja a tempestade ou vendaval.
E assim...aqui estou.
Até quando, não sei...
Há ainda o tempo
E é através dele,
Apesar dele,
E além dele que sigo assim:
Te amando e te esperando,
Pacientemente.
Enfim...Essas novidades literárias, só serão vistas e degustadas pelos meus queridos leitores depois de toda a história pronta...até mesmo pra que ninguém se sinta prejudicado pela demora nas postagens, etc...
Agora, fiquem vocês com a poesia.
Ainda... O tempo.
O olhar que não se perde
Que insiste em me rodear
E as chamas em forma de círculos
Ao meu redor,
Combinando com meus cabelos
Fazendo voltas, ao vento, atrevidos
Tentam te chamar.
Só você me encontra, onde quer que eu vá
Mas pra que me encontrar
Se não tenho idéia sobre o que dirá
O que fará
Ou como devo me portar?
Não esmorece esse bater descompassado
E as esperanças sempre se apagam
Mas nunca desaparecem por fim
E o silêncio que sai de sua boca
É combustível pra minha imaginação
E as conjecturas são as mais diversas possíveis.
Medo é o que mais me define
Uma vida bonita e triste
Num sorriso amarelado com sabor de saudade
Lágrimas que não se bastam
E gritam por gritos cada vez mais fortes
Do tamanho da minha dúvida.
E minha dúvida do tamanho da minha tristeza.
Nesses ciclos infindos
Sobre seus olhares lindos
E meu sonhar cada vez mais indiscreto
Ficam meus desesperos
Revestidos de dúvidas e medos.
Quando é o tempo
Onde é o lugar
Como é o modo
Amor é tudo o que eu sinto
E o que faz o tempo, o lugar e o modo
Perderem completamente a importância.
Mas se você não vem,
Não há tempo, lugar ou modo que te aproximem
Do meu tão nobre e imenso sentimento.
E este permanece aqui, à tua espera.
Às vezes penso que é melhor dar as costas e caminhar
Seguir a minha vida da forma como puder.
Mas nada acontece, por mais que tente.
Não tem como fugir de você.
Você me segue e me domina,
Aonde quer que eu vá.
Às vezes acredito que é melhor pra nós duas
Se eu sumir e me afastar.
Mas não sei, não posso adivinhar
Como vai reagir, se vai se importar
Se vai sentir falta, se vai pedir pra que eu não vá.
E nesse vai e vem, melhor mesmo é ficar.
E te esperar.
Sabe-se lá por que,
Ou por quem.
Mas, em meio a tantas dúvidas,
Melhor não arriscar o pouco amor teu
Que o muito amor meu tenta alcançar
Através de uma ponte ínfima de esperança,
Carinho e cuidado,
Que cisma em se perpetuar
Por pior que seja a tempestade ou vendaval.
E assim...aqui estou.
Até quando, não sei...
Há ainda o tempo
E é através dele,
Apesar dele,
E além dele que sigo assim:
Te amando e te esperando,
Pacientemente.
sábado, 11 de julho de 2009
Inspiração
Como a inspiração foi embora, só sobraram algumas recordações.
Esse poema eu nunca tive coragem de mandar pra ela.Sempre achei que estava ruim...
Agora não importa mais pra ela, pra ninguém, não faz mais sentido.E as palavras, assim como a intenção e o sentimento que acompanhavam o texto, se perderam pra sempre.
Espero que ela leia, claro.Mas não vai ser como eu gostaria que fosse, nem quando ela gostaria de ter lido, creio eu.
Compromisso
Queria ser tudo o que te completa,
O que te faz falta,
O que te faz sentir viva.
Queria ter tudo que você precisa,
Tudo o que você deseja,
Tudo o que você sonha.
Queria ser do tamanho da sua imaginação,
Queria poder pintar o céu da cor dos seus olhos,
Queria poder te oferecer as nuvens pra você fazer de travesseiro.
Queria poder te dar as águas dos rios pra você se banhar,
Queria poder substituir as suas lágrimas por gotas de chuva
E qualquer sofrimento seu por raios e trovões.
Queria colocar o sol dentro do seu sorriso,
Queria colocar a paz dentro do seu abraço,
Queria fazer se cada dia um infinito prazer.
Queria fazer da sua vida um Universo,
Só pra eu ficar girando na sua órbita.
Queria poder te fazer lua,
Pra inspirar tantos poetas, sonhadores, amantes...
Queria poder te consagrar uma Deusa
Com os poderes de me fazer de capacho,
Mandar e desmandar,
Criar, destruir e recriar.
Mas...a única coisa que eu posso te oferecer é o meu amor.
Meus braços, meu carinho, meus olhos
E um pedido: casas comigo?
Esse poema eu nunca tive coragem de mandar pra ela.Sempre achei que estava ruim...
Agora não importa mais pra ela, pra ninguém, não faz mais sentido.E as palavras, assim como a intenção e o sentimento que acompanhavam o texto, se perderam pra sempre.
Espero que ela leia, claro.Mas não vai ser como eu gostaria que fosse, nem quando ela gostaria de ter lido, creio eu.
Compromisso
Queria ser tudo o que te completa,
O que te faz falta,
O que te faz sentir viva.
Queria ter tudo que você precisa,
Tudo o que você deseja,
Tudo o que você sonha.
Queria ser do tamanho da sua imaginação,
Queria poder pintar o céu da cor dos seus olhos,
Queria poder te oferecer as nuvens pra você fazer de travesseiro.
Queria poder te dar as águas dos rios pra você se banhar,
Queria poder substituir as suas lágrimas por gotas de chuva
E qualquer sofrimento seu por raios e trovões.
Queria colocar o sol dentro do seu sorriso,
Queria colocar a paz dentro do seu abraço,
Queria fazer se cada dia um infinito prazer.
Queria fazer da sua vida um Universo,
Só pra eu ficar girando na sua órbita.
Queria poder te fazer lua,
Pra inspirar tantos poetas, sonhadores, amantes...
Queria poder te consagrar uma Deusa
Com os poderes de me fazer de capacho,
Mandar e desmandar,
Criar, destruir e recriar.
Mas...a única coisa que eu posso te oferecer é o meu amor.
Meus braços, meu carinho, meus olhos
E um pedido: casas comigo?
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Abandono
Por que abandono?
Por 2 motivos:
1 - Eu estou abandonando uma pessoa.Estou desistindo dela.E pra isso, preciso fazer com que ela desista de mim, e pra isso, preciso que ela se afaste.E pra que ela se afaste, ela precisa me odiar.
É paradoxal, mas eu explico.
O amor e o ódio andam de mãos dadas todo o tempo.Até aí, todo mundo sabe.
Eu amo demais uma menina.Eu me conheço o bastante pra saber que eu não vou conseguir tirar ela da cabeça, e que eu não vou desistir dela.Até porque eu sei que ainda existe sentimento e isso fica me motivando implicitamente a tentar, e tentar, e tentar...Inutilmente, eu sei, mas mesmo assim, eu permaneço naquela esperança idiota de todo apaixonado.
Eu não vou conseguir me afastar dela, mas ela precisa que eu me afaste.Então ela vai ter que fazer isso por mim, por nós na verdade.
Mas no momento ela é minha única amiga na faculdade, a única em quem eu confio plenamente.Nesse caso é preciso afastá-la a força.
E o maior problema de todos é que cada dia que passa eu a amo mais e mais...E tá cada vez mais complicado de tirar ela da cabeça.
Eu estou enlouquecendo.Mas é preciso.
É preciso descobrir paz sem ser nos olhos dela, é preciso descobrir carinho sem que seja no colo dela.Eu preciso deixar ela livre.Ela precisa ser feliz.
Se pra isso ela tiver que me odiar, pra se afastar...Que seja.
Prefiro ver o sorriso dela de longe, sem participar da sua alegria do que ser o motvo de um monte de brigas, discussões e muitas lágrimas.
Pra quem ainda não entendeu: eu tô sendo inconveniente de propósito.
Mesmo que ela leia isso e saiba, a paciência dela um dia vai acabar comigo.
Nesse dia ela vai estar livre.De mim.Literalmente.
2 - Estou me sentindo abandonada.Tanto pelo primeiro motivo quanto por outros.Eu me sinto isolada, reprimida, sozinha.Um palhaço triste e sem graça no meio de um circo onde todos os espectadores debocham e jogam coisas nele.Sabem?
Não é pieguice, ou talvez seja, sei lá...Mas o fato é que dá vontade de me isolar cada vez mais.
Eu não sei se é isso, mas estou me abandonando.
Não no sentido de desistir de mim.
No sentido de mudar, de sumir socialmente.
Não dá pra ser assim, amar assim, viver assim, estudar assim...Eu nem sei se quero isso pro resto da minha vida!
Foto é que eu não sei exatamente o que eu quero, mas eu tenho certeza que do jeito que as coisas estão não dá pra continuar.
E eu tô me deixando ir...
Eu quero ir, quero andar, quero correr mundo, quero mudar, só não sei pra onde ainda, mas pra que saber?
Tô perdida, literalmente...Mas nem sei se quero me encontrar mais.
Por 2 motivos:
1 - Eu estou abandonando uma pessoa.Estou desistindo dela.E pra isso, preciso fazer com que ela desista de mim, e pra isso, preciso que ela se afaste.E pra que ela se afaste, ela precisa me odiar.
É paradoxal, mas eu explico.
O amor e o ódio andam de mãos dadas todo o tempo.Até aí, todo mundo sabe.
Eu amo demais uma menina.Eu me conheço o bastante pra saber que eu não vou conseguir tirar ela da cabeça, e que eu não vou desistir dela.Até porque eu sei que ainda existe sentimento e isso fica me motivando implicitamente a tentar, e tentar, e tentar...Inutilmente, eu sei, mas mesmo assim, eu permaneço naquela esperança idiota de todo apaixonado.
Eu não vou conseguir me afastar dela, mas ela precisa que eu me afaste.Então ela vai ter que fazer isso por mim, por nós na verdade.
Mas no momento ela é minha única amiga na faculdade, a única em quem eu confio plenamente.Nesse caso é preciso afastá-la a força.
E o maior problema de todos é que cada dia que passa eu a amo mais e mais...E tá cada vez mais complicado de tirar ela da cabeça.
Eu estou enlouquecendo.Mas é preciso.
É preciso descobrir paz sem ser nos olhos dela, é preciso descobrir carinho sem que seja no colo dela.Eu preciso deixar ela livre.Ela precisa ser feliz.
Se pra isso ela tiver que me odiar, pra se afastar...Que seja.
Prefiro ver o sorriso dela de longe, sem participar da sua alegria do que ser o motvo de um monte de brigas, discussões e muitas lágrimas.
Pra quem ainda não entendeu: eu tô sendo inconveniente de propósito.
Mesmo que ela leia isso e saiba, a paciência dela um dia vai acabar comigo.
Nesse dia ela vai estar livre.De mim.Literalmente.
2 - Estou me sentindo abandonada.Tanto pelo primeiro motivo quanto por outros.Eu me sinto isolada, reprimida, sozinha.Um palhaço triste e sem graça no meio de um circo onde todos os espectadores debocham e jogam coisas nele.Sabem?
Não é pieguice, ou talvez seja, sei lá...Mas o fato é que dá vontade de me isolar cada vez mais.
Eu não sei se é isso, mas estou me abandonando.
Não no sentido de desistir de mim.
No sentido de mudar, de sumir socialmente.
Não dá pra ser assim, amar assim, viver assim, estudar assim...Eu nem sei se quero isso pro resto da minha vida!
Foto é que eu não sei exatamente o que eu quero, mas eu tenho certeza que do jeito que as coisas estão não dá pra continuar.
E eu tô me deixando ir...
Eu quero ir, quero andar, quero correr mundo, quero mudar, só não sei pra onde ainda, mas pra que saber?
Tô perdida, literalmente...Mas nem sei se quero me encontrar mais.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Aconteceu...
É ridículo, é óbviamente cruel e eu sei que eu sou culpada e responsável por isso.
Na ânsia raivosa de externar meus mais profundos e amargos sentimentos nesse blog, minha vida pessoal acabou virando noticiário de última hora dentro da faculdade.
E o pior: quem não podia ver, viu.
Mas convenhamos, que idéia mais imbecil - e estupidamente infantil - de publicar meus expurgos ferozes de uma dor de cotovelo, que não deveria estar acontecendo, na internet.
Claro! Se quer guardar um segredo bem guardado, por que não expô-lo à todos vomitando frases de puro ódio na internet, a rede MUNDIAL de computadores, onde nada, por mais que possa parecer vetado, está de fato seguro?
Realmente, idéia brilhante...
O fato é que agora me vejo obrigada a prestar esclarecimentos e dar satisfações dos meus mau entendidos e mau-humores publicamente.É quase como um pop star famoso que acaba de se divorciar e ninguém sabe exatamente porquê.Aí inventam zilhões de hipóteses, até que o pop star se irrita profundamente e resolve explicar a porra toda de uma vez antes que ele seja processado por agressão.
Eu disse que é QUASE.Mas está de fato muito perto disso.
Dentro da minha cabeça confusa e meus pensamentos macabros, estava eu muito perdida, devastada pelo final do relacionamento e querendo desesperadamente me matar, pra fugir da culpa, da vergonha e dessa babaquice toda que eu causei.
Lógico que não tive culhões pra fazer nada disso.Sentir sim, agir nunca.E como consequencia dessa paranóia obcessiva por uma razão que já existia e estava na minha frente - só eu que não enxergava e não queria aceitar - acabei externalizando um sentimento horrível, mesquinho e egoísta.
Ninguém tem que entender nada aqui, nem da minha vida, nem da dela, nem do nosso relacionamento...Mas que fique claro que: quando um não quer, dois não brigam.
O que eu quero dizer com isso?
Que se por um lado ela me trouxe dor, por outro lado eu causei dor a ela também, e sinceramente, a essa altura do campeonato acho que eu causei muito mais do que sofri, porque tenho a mania detestável de querer resolver tudo na conversa, e quando não quero entender, fico pensando, pensando, pensando...e teimando comigo mesma que nada daquilo que ouvi é o que de fato escutei, mas sim o que meus pensamentos queriam que eu ouvisse.
Não sei se vocês entendem, mas eu sou meio paranóica quando fico sensível.
E quando não fico também.
Na verdade tem um adesivo na minha testa escrito: INSUPORTÁVEL, em letras garrafais, negritadas e em neon.Não sei como mulher alguma nesse mundo me aguenta.
Bem, não querendo desviar do assunto, torno a dizer: ninguém tem nada com isso.Se nem minha família se mete, por que vocês aí se meteriam?
Não faz sentido, não é verdade?
Pois bem, mas já que involuntariamente o ser humano sente a invitável necessidade de uma inclusão social, mesmo trazendo dor, tristeza e até mesmo uma solidão coletiva até certo ponto (como diria o grande poeta: é impossível ser feliz sozinho.Mas até quando?), senti a vontade - e, por que não? - necessidade de me esclarecer publicamente.
E espero que agora esse bafafá de disse-me-disse da minha vida pessoal pare por enquanto pelo menos.
E não aconselho a ninguém fazer isso que eu fiz.
Mas duvido muito que alguém seja tão babaca quanto eu fui.Ou são piores ou não o são.
Perdi a mulher que eu amava.Na verdade, nunca amei nenhuma mulher assim.Não que eu saiba ou me lembre.
E por conta dessas minhas atitudes infantis, meus atos inconsequentes, impensados e minhas elocubrações delinquentes, até a amizade está sendo abalada por isso.
Vocês não sabem como dói ter certeza de um sentimento, saber que há a possibilidade de dar certo, mas não poder tentar, porque não é o momento mais oportuno.
Fiquei infantilizada e caricaturada pelas minhas ações mal comedidas, fui me isolando de todo mundo, meu convívio social decaiu drasticamente, e uma grande parcela disso deve-se ao fato de estar sempre rolando nas bocas das matildes, como se eu fosse o único assunto do universo.
Fui me tornando individualista, um pouco ácida e sarcástica com os outros.Passei a não confiar em niguém, com excessão dela.Só nela eu confiava, e ainda confio.Cegamente.E isso não é exagero.
Mas antes de confiar tanto assim nela, tiveram fases nada boas.
Vou resumir a história pra que todos possam entender, já que é esporte da galera e o passatempo mais praticado por 80% da faculdade.
Afinal, já que é pra saber da minha vida, que saibam as coisas certas, pelo menos.Ou pelo menos que saibam da forma menos errada, porque esse é o meu ponto de vista.Garanto que ela tem o dela e pode ser muito parecido com o meu, mas não é igual.
Simples assim: o namoro estava indo bem, não era um mar-de-rosas, mas a gente tentava se entender, se ouvir.Eu nunca tive ciúmes de mulher nenhuma na vida, nem de amigos, nem de coisas, de nada.Mas dela eu senti - e muito!
E isso foi me consumindo.Comecei a ficar insegura, mas insegura pra valer.
Entramos num ritmo de casamento, eu praticamente me mudei pra casa dela, fiquei um mês e alguns dias dormindo e acordando do lado dela.A situação estava ótima, exatamente isso que eu queria: amar alguém, ficar quietinha dentro de casa e cultivar planos e sonhos, recheados de juras de amor megalomaníacas que talvez nunca se ralizassem, mas eu estava feliz.
Aliás, acho que foi o período mais feliz da minha vida.Tá certo que precisávamos fazer algumas coisas, aparar algumas arestas e ter algumas conversas pra acertar algumas coisas, mas eram só detalhes.No básico, repito, eu estava quase plenamente feliz.
E aí chegou o final do ano e tivemos que nos separar por 3 meses.Teoricamente não seria separação, porque eu realmente pretendia vê-la nesse período de tempo, mas não deu pra mim.
Fiquei em casa, com a minha família de velhos, onde todos, sem excessão, estão doentes e isso faz parecer como se eu fosse o pilar da salvação lá de casa, ainda mais por fazer faculdade ligada as área da saúde.Nunca me senti tão saudável na vida.
Não é reclamação, é uma constatação de fatos.
Aí veio o primeiro mês, e a paranóia começou a crescer na minha cabeça.Passava o dia todo no MSN, espreitando a entrada dela, contando os minutos pra conversar, tocar ela virtualmente (não pensem maldade, por favor) e assim passar alguns períodos de paz e também matar as saudades, que àquela altura já estavam imensas.
Eu quase não saía de casa, posso contar nos dedos as vezes que saí.Ficava mais preocupada em hipotetizar uma possível situação esdrúxula me utilizando por várias vezes ao dia do popular "e se...?" dela com alguém ou alguéns.
Enfim, começei um esforço fora do normal pra me fazer acreditar que ela já não me quria mais.E foi aí que tudo começou.Ou terminou.
Enchi tanto o saco dela, tão preocupada comigo mesma e com aquilo que ela poderia ou não estar fazendo, sentindo, etc...que cheguei ao ponto de pensar em terminar 5 vezes no mesmo dia com ela.
E idiotamente eu fui falar isso pra ela assim mesmo, curta e grossa.
Ela terminou.
E eu perdi o chão.
Babaca.Quem mandou?Sua complexadazinha de merda!Me foquei tanto em mim que esqueci de perguntar a ela como é que ela estava se sentindo.
E depois que caiu a ficha da boçalidade infeliz que eu tinha feito, começei um novo trabalho: tentar voltar.
A tentativa da volta foi pior executada ainda.Eu realmente sou uma imbecil.Só fiz cagadas.Me enfiei na vida dela, na casa dela, praticamente invadi a privacidade dela, forçando ela a conviver comigo, sem necessidade nenhuma.Queria (e na verdade ainda quero) uma chance.E quanto mais eu tantava, menor era a possibilidade, porque eu estava me vendendo pro meu próprio desespero.
Tornamos a nos ver, depois de terminadas, passados os 3 meses de distância.A saudade acabou falando mais alto, e o amor também.Ficamos terminando por 1 mês e pouco...Ninguém acreditava que nós fôssemos terminar mesmo.A gente era muito apaixonada, muito ligadas, nossos gostos muito parecidos, de roupas à livros, de músicas à time de futebol.
Bem, nada mudou ainda, porque é impossível o sentimento acabar de uma hora pra outra, mas...Juro que estou tentando me afastar o máximo que posso.
Nesse período de vai e vem, uma confusão minha, comigo mesma, eu entrei em depressão, saí, entrei de novo, tô tentando sair novamente, agredi ela verbalmente e já tive vontade de quebrar a casa toda.O pior que a casa não era minha, mas dela.
E como se já não bastasse, ainda tive coragem de expor toda a minha raiva e insegurança no meu blog.Que lúdico!
Por isso me culpo e é por isso que estou aqui, como uma imbecil, tentando me explicar pra dezenas de fofoqueiros coçadores de saco, porque ela leu, ela detestou, ficou magoada - e com toda razão -, e quando veio falar comigo eu já tinha me tocado das besteiras que eu escrevi, pedi que ela desconsiderasse, mas a merda já estava feita, então fiquei mais mal do que poderia ter ficado normalmente, numa situação atípica como essa.
Eu agora entendo, depois de muito apanhar de mim mesma, das situações que eu criei e das confusões em que eu me meti sozinha, que eu agi errado, fui estúpida por causa dos ciúmes, fui infantil e brutal por causa do desespero de querer ficar com ela a qualquer custo e fui uma boçal ao expor toda essa situação.
Só escrevo esse post pra tentar consertar a cagada homérica que eu produzi a algumas semanas atrás.
Ninguém vai ter paciência pra ler isso, mas se eu estivesse falando mal dela, concerteza teriam.
Só queria que ela entendesse que eu finalmente percebi que o amor não é uma jaula, mas um horizonte e que não faz sentido deixar alguma coisa crescer presa em um cláustro, isso é possessão e eu estava a possuindo, "tendo" ela e deixando de respeitá-la quanto pessoa por isso.
Agora já não sinto ciúmes, nem desconfio.Muito pelo contrário, confio muito mais do que nunca, porque aturara mim e as minhas burradas e ainda tentar me ajudar do jeito que as coisas estavam não é pra qualquer um não...Só gostando muito mesmo.
Eu não queria que NADA, ABSOLUTAMENTE NADA disso tivesse acontecido.
Mas...
Aconteceu.
E, se for pra ser, vai ser.
É só deixar o tempo correr.
Contanto que ela seja feliz, não importa com quem seja, pra mim tá ótimo.É bem verdade que eu preferia 1000 vezes que fosse comigo, mas se não for possível, só de saber que ela está bem e por perto já me ajuda a melhorar meu dia.
Aquela frase do John Lennon nunca fez tanto sentido pra mim quanto agora:
"Deixo as coisas que amo livres.
Se elas se forem, é porque nunca as tive.
Se elas voltarem, é porque as conquistei"
Na ânsia raivosa de externar meus mais profundos e amargos sentimentos nesse blog, minha vida pessoal acabou virando noticiário de última hora dentro da faculdade.
E o pior: quem não podia ver, viu.
Mas convenhamos, que idéia mais imbecil - e estupidamente infantil - de publicar meus expurgos ferozes de uma dor de cotovelo, que não deveria estar acontecendo, na internet.
Claro! Se quer guardar um segredo bem guardado, por que não expô-lo à todos vomitando frases de puro ódio na internet, a rede MUNDIAL de computadores, onde nada, por mais que possa parecer vetado, está de fato seguro?
Realmente, idéia brilhante...
O fato é que agora me vejo obrigada a prestar esclarecimentos e dar satisfações dos meus mau entendidos e mau-humores publicamente.É quase como um pop star famoso que acaba de se divorciar e ninguém sabe exatamente porquê.Aí inventam zilhões de hipóteses, até que o pop star se irrita profundamente e resolve explicar a porra toda de uma vez antes que ele seja processado por agressão.
Eu disse que é QUASE.Mas está de fato muito perto disso.
Dentro da minha cabeça confusa e meus pensamentos macabros, estava eu muito perdida, devastada pelo final do relacionamento e querendo desesperadamente me matar, pra fugir da culpa, da vergonha e dessa babaquice toda que eu causei.
Lógico que não tive culhões pra fazer nada disso.Sentir sim, agir nunca.E como consequencia dessa paranóia obcessiva por uma razão que já existia e estava na minha frente - só eu que não enxergava e não queria aceitar - acabei externalizando um sentimento horrível, mesquinho e egoísta.
Ninguém tem que entender nada aqui, nem da minha vida, nem da dela, nem do nosso relacionamento...Mas que fique claro que: quando um não quer, dois não brigam.
O que eu quero dizer com isso?
Que se por um lado ela me trouxe dor, por outro lado eu causei dor a ela também, e sinceramente, a essa altura do campeonato acho que eu causei muito mais do que sofri, porque tenho a mania detestável de querer resolver tudo na conversa, e quando não quero entender, fico pensando, pensando, pensando...e teimando comigo mesma que nada daquilo que ouvi é o que de fato escutei, mas sim o que meus pensamentos queriam que eu ouvisse.
Não sei se vocês entendem, mas eu sou meio paranóica quando fico sensível.
E quando não fico também.
Na verdade tem um adesivo na minha testa escrito: INSUPORTÁVEL, em letras garrafais, negritadas e em neon.Não sei como mulher alguma nesse mundo me aguenta.
Bem, não querendo desviar do assunto, torno a dizer: ninguém tem nada com isso.Se nem minha família se mete, por que vocês aí se meteriam?
Não faz sentido, não é verdade?
Pois bem, mas já que involuntariamente o ser humano sente a invitável necessidade de uma inclusão social, mesmo trazendo dor, tristeza e até mesmo uma solidão coletiva até certo ponto (como diria o grande poeta: é impossível ser feliz sozinho.Mas até quando?), senti a vontade - e, por que não? - necessidade de me esclarecer publicamente.
E espero que agora esse bafafá de disse-me-disse da minha vida pessoal pare por enquanto pelo menos.
E não aconselho a ninguém fazer isso que eu fiz.
Mas duvido muito que alguém seja tão babaca quanto eu fui.Ou são piores ou não o são.
Perdi a mulher que eu amava.Na verdade, nunca amei nenhuma mulher assim.Não que eu saiba ou me lembre.
E por conta dessas minhas atitudes infantis, meus atos inconsequentes, impensados e minhas elocubrações delinquentes, até a amizade está sendo abalada por isso.
Vocês não sabem como dói ter certeza de um sentimento, saber que há a possibilidade de dar certo, mas não poder tentar, porque não é o momento mais oportuno.
Fiquei infantilizada e caricaturada pelas minhas ações mal comedidas, fui me isolando de todo mundo, meu convívio social decaiu drasticamente, e uma grande parcela disso deve-se ao fato de estar sempre rolando nas bocas das matildes, como se eu fosse o único assunto do universo.
Fui me tornando individualista, um pouco ácida e sarcástica com os outros.Passei a não confiar em niguém, com excessão dela.Só nela eu confiava, e ainda confio.Cegamente.E isso não é exagero.
Mas antes de confiar tanto assim nela, tiveram fases nada boas.
Vou resumir a história pra que todos possam entender, já que é esporte da galera e o passatempo mais praticado por 80% da faculdade.
Afinal, já que é pra saber da minha vida, que saibam as coisas certas, pelo menos.Ou pelo menos que saibam da forma menos errada, porque esse é o meu ponto de vista.Garanto que ela tem o dela e pode ser muito parecido com o meu, mas não é igual.
Simples assim: o namoro estava indo bem, não era um mar-de-rosas, mas a gente tentava se entender, se ouvir.Eu nunca tive ciúmes de mulher nenhuma na vida, nem de amigos, nem de coisas, de nada.Mas dela eu senti - e muito!
E isso foi me consumindo.Comecei a ficar insegura, mas insegura pra valer.
Entramos num ritmo de casamento, eu praticamente me mudei pra casa dela, fiquei um mês e alguns dias dormindo e acordando do lado dela.A situação estava ótima, exatamente isso que eu queria: amar alguém, ficar quietinha dentro de casa e cultivar planos e sonhos, recheados de juras de amor megalomaníacas que talvez nunca se ralizassem, mas eu estava feliz.
Aliás, acho que foi o período mais feliz da minha vida.Tá certo que precisávamos fazer algumas coisas, aparar algumas arestas e ter algumas conversas pra acertar algumas coisas, mas eram só detalhes.No básico, repito, eu estava quase plenamente feliz.
E aí chegou o final do ano e tivemos que nos separar por 3 meses.Teoricamente não seria separação, porque eu realmente pretendia vê-la nesse período de tempo, mas não deu pra mim.
Fiquei em casa, com a minha família de velhos, onde todos, sem excessão, estão doentes e isso faz parecer como se eu fosse o pilar da salvação lá de casa, ainda mais por fazer faculdade ligada as área da saúde.Nunca me senti tão saudável na vida.
Não é reclamação, é uma constatação de fatos.
Aí veio o primeiro mês, e a paranóia começou a crescer na minha cabeça.Passava o dia todo no MSN, espreitando a entrada dela, contando os minutos pra conversar, tocar ela virtualmente (não pensem maldade, por favor) e assim passar alguns períodos de paz e também matar as saudades, que àquela altura já estavam imensas.
Eu quase não saía de casa, posso contar nos dedos as vezes que saí.Ficava mais preocupada em hipotetizar uma possível situação esdrúxula me utilizando por várias vezes ao dia do popular "e se...?" dela com alguém ou alguéns.
Enfim, começei um esforço fora do normal pra me fazer acreditar que ela já não me quria mais.E foi aí que tudo começou.Ou terminou.
Enchi tanto o saco dela, tão preocupada comigo mesma e com aquilo que ela poderia ou não estar fazendo, sentindo, etc...que cheguei ao ponto de pensar em terminar 5 vezes no mesmo dia com ela.
E idiotamente eu fui falar isso pra ela assim mesmo, curta e grossa.
Ela terminou.
E eu perdi o chão.
Babaca.Quem mandou?Sua complexadazinha de merda!Me foquei tanto em mim que esqueci de perguntar a ela como é que ela estava se sentindo.
E depois que caiu a ficha da boçalidade infeliz que eu tinha feito, começei um novo trabalho: tentar voltar.
A tentativa da volta foi pior executada ainda.Eu realmente sou uma imbecil.Só fiz cagadas.Me enfiei na vida dela, na casa dela, praticamente invadi a privacidade dela, forçando ela a conviver comigo, sem necessidade nenhuma.Queria (e na verdade ainda quero) uma chance.E quanto mais eu tantava, menor era a possibilidade, porque eu estava me vendendo pro meu próprio desespero.
Tornamos a nos ver, depois de terminadas, passados os 3 meses de distância.A saudade acabou falando mais alto, e o amor também.Ficamos terminando por 1 mês e pouco...Ninguém acreditava que nós fôssemos terminar mesmo.A gente era muito apaixonada, muito ligadas, nossos gostos muito parecidos, de roupas à livros, de músicas à time de futebol.
Bem, nada mudou ainda, porque é impossível o sentimento acabar de uma hora pra outra, mas...Juro que estou tentando me afastar o máximo que posso.
Nesse período de vai e vem, uma confusão minha, comigo mesma, eu entrei em depressão, saí, entrei de novo, tô tentando sair novamente, agredi ela verbalmente e já tive vontade de quebrar a casa toda.O pior que a casa não era minha, mas dela.
E como se já não bastasse, ainda tive coragem de expor toda a minha raiva e insegurança no meu blog.Que lúdico!
Por isso me culpo e é por isso que estou aqui, como uma imbecil, tentando me explicar pra dezenas de fofoqueiros coçadores de saco, porque ela leu, ela detestou, ficou magoada - e com toda razão -, e quando veio falar comigo eu já tinha me tocado das besteiras que eu escrevi, pedi que ela desconsiderasse, mas a merda já estava feita, então fiquei mais mal do que poderia ter ficado normalmente, numa situação atípica como essa.
Eu agora entendo, depois de muito apanhar de mim mesma, das situações que eu criei e das confusões em que eu me meti sozinha, que eu agi errado, fui estúpida por causa dos ciúmes, fui infantil e brutal por causa do desespero de querer ficar com ela a qualquer custo e fui uma boçal ao expor toda essa situação.
Só escrevo esse post pra tentar consertar a cagada homérica que eu produzi a algumas semanas atrás.
Ninguém vai ter paciência pra ler isso, mas se eu estivesse falando mal dela, concerteza teriam.
Só queria que ela entendesse que eu finalmente percebi que o amor não é uma jaula, mas um horizonte e que não faz sentido deixar alguma coisa crescer presa em um cláustro, isso é possessão e eu estava a possuindo, "tendo" ela e deixando de respeitá-la quanto pessoa por isso.
Agora já não sinto ciúmes, nem desconfio.Muito pelo contrário, confio muito mais do que nunca, porque aturara mim e as minhas burradas e ainda tentar me ajudar do jeito que as coisas estavam não é pra qualquer um não...Só gostando muito mesmo.
Eu não queria que NADA, ABSOLUTAMENTE NADA disso tivesse acontecido.
Mas...
Aconteceu.
E, se for pra ser, vai ser.
É só deixar o tempo correr.
Contanto que ela seja feliz, não importa com quem seja, pra mim tá ótimo.É bem verdade que eu preferia 1000 vezes que fosse comigo, mas se não for possível, só de saber que ela está bem e por perto já me ajuda a melhorar meu dia.
Aquela frase do John Lennon nunca fez tanto sentido pra mim quanto agora:
"Deixo as coisas que amo livres.
Se elas se forem, é porque nunca as tive.
Se elas voltarem, é porque as conquistei"
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Alone in the dark
Não é fácil resistir às dificuldades que a vida de impõe, ou que você mesmo se obriga a enfrentar. Dentro de um contexto atual ao qual me encontro - e obviamente ao qual me refiro - não dá pra definir melhor do que a frase-título do post.
Foram acontecendo coisas e mais coisas na minha vida em função de uma única pessoa, que não era nem da família, e tenho dúvidas agora de que se um dia se interessou tanto por mim quanto eu por ela.Sim, leitor, o problema é - e continua sendo para toda a humanidade - a porra do AMOR.
Por amor eu perdi a cabeça.Tive motivos pra desconfiar, peguei mentiras deslavadas, fatos destorcidos e uma enorme cara-de-pau de me dizer que eu estava enganada.Eu depositei muitas das minhas fichas nesse relacionamento, isso pra não dizer todas.E me decepcionei.
Até então, eu achava que a culpa tinha sido minha, que eu tinha destruído todo o relacionamento com ciúmes infundados que eu nunca tinha sentido antes por ninguém, uma desconfiança centrada no meu egoísmo, uma paranóia que me levou à depressão e logo depois me levou a atos quase ilícitos (é bom lembrar: eu disse QUASE, e eu não tentei roubar, nem matar ninguém além de mim mesma).
Estou numa fase negra, tentando me recuperar e me culpando por tudo o que aconteceu, não importando o que de fato tenha acontecido.
Parei de fumar, parei de beber, fechei meu corpo pros prazeres da carne (é, eu não fodo mais...), me afastei de 95% das pessoas do meu ciclo social, venho buscando ajuda espiritual e profissional pra esse meu aparente desequilíbrio emocional.Até agora não descobri como tudo isso pode vir a me ajudar de fato, e nem tenho certeza se vai funcionar, mas tenho que tentar.
Tudo começou nas férias, depois de 3 meses afastada da minha namorada, até então.Tive alguns motivos pra desconfiar dela, ela era (e ainda é) muito fechada, o que implicou em problemas na comunicação, e eu comecei a desenvolver uma paranóia gigantesca.
Pode ser que eu estivesse certa o tempo todo, pode ser que todas as traições tenham acontecido, mas eu não tinha o direito de cobrar nada.E existem mais caralhões de motivos pra que eu não me importasse com isso, mas não vale a pena discuti-los aqui agora.Eu estava completamente insegura, e pelo que me parece, ela também.
O fato é que terminamos no meio das férias, e eu fiquei ainda mais perdida.Mais e mais eu me sentia "alone in the dark".
As aulas recomeçaram e então ela estava fugindo de qualquer conversa, de mim, de nós, de tudo.
Conversamos, por fim, e terminamos...Mas eu sentia saudades do corpo, dos abraços, dos beijos, do calor, do sexo...Tínhamos que ter uma despedida.E assim se deu, uma despedida de um mês e meio.
Estávamos ficando, ficamos ficando por esse período, e eu não conseguia conversar abertamente com ela.E até hoje não consigo.Não que eu esteja mentindo, mas é porque sei que ela mentiu e antes de qualquer coisa, ignorando as mentiras, eu sinto que ela não é 100% verdadeira comigo.Tem algo que eu não sei, alguma coisa que me foi omitida.E ninguém que esteja lendo isso tem dimensão do quanto isso me incomoda.E foram coisas bobas, idiotas, que não tem nada a ver com o final do namoro, mas que mesmo assim, me machucaram e me fizeram desconfiar muito de muitas atitudes posteriores.
Ela determinou que não ficaríamos mais por caralhões de motivos diferentes...e nenhum deles me convenceu.Continuo pensando que ela na verdade só queria me afastar por um motivo externo ao qual eu desconheço.
Sei que eu venho sofrendo bastante e por conta disso já fui parar no hospital e até fui expulsa de casa.OK, quem quis descontar a raiva, a frustração, a decepção, a angústia e a tristeza no álcool, no fumo, na noite, fui eu.Isso me faz a maior errada e culpada por ter me dado tão mal assim.Mas o que incomoda é que existe muita coisa que me foi escondida.E eu continuo perdida.
Não sei as reais intenções dela...
Não sei de mais nada...
Só sei que a minha visão mudou, meu jeito mudou, continuo triste e a angústia ainda dói e fica remoendo no meu peito.
A amizade talvez fique, embora eu não tenha certeza disso.
O amor que eu sinto vai ficar ainda um pouco mais.E tenho dúvidas se isso vai ser totalmente esquecido um dia.
Me sinto usada pelas últimas vezes que ficamos juntas, me sinto idiota pelo meu malabarismo de fazer tudo que estivesse ao meu alcance pra ficarmos bem, tudo pra agradar a ela, as conversas...e eu sempre via uma resistência de querer fazer tudo ficar bem, de dar certo.
Terminaram comigo, porque eu estava insegura, porque ela também estava insegura, talvez.Ela não parece sofrer tanto quanto eu, e se está no mesmo sofrimento, tem se mostrado uma pedra.
Eu a amei exponencialmente mais a cada dia que passava, e continuo amando, de uma forma meio desengonçada.Ela diz que me ama também, e é aí que faz menos sentido ainda essa coisa toda.Se nos amamos tanto, porque eu me vejo fazendo de tudo pra dar certo, realizando todas as vontades e me esforçando o máximo que posso pra melhorar e vejo nela um esforço absurdo pra deixar tudo como está, ela faz força pra ficar longe, pra dar errado, pra acabar de vez com toda a nossa história, enquanto eu olho nos olhos dela e vejo o quanto não queria estar fazendo isso.
O que me confunde e me desespera é saber que aquilo que os lábios dela dizem é justamente o oposto do que o corpo dela pede, do que a alma dela sente e o coração dela fala.
Pode não ser amor, pode nunca ter sido, e não faz diferença de não for, porque eu sei que algum sentimento existe.O que me revolta certas vezes é uma ingenuidade quase primitiva, infantil, em relação àquilo que está na frente dos olhos abertos dela que ela se recusa a enxergar.Tanto pro bem, quanto pro mal.
Tem várias pessoas, inclusive meninos, querendo se aproveitar dela, espalhando fofocas e boatos na faculdade (boatos são coisas as quais ela sempre deu a maior importância quando envolviam meu nome e o dela, ou nosso relacionamento).Essas pessoas se põem ao lado dela, fingindo uma amizade, e na verdade é a mais pura falsidade, uma manipulação suja.Isso me irrita, porque pra mim e outras pessoas próximas é nítido, mas só ela não vê.
Assim como ela tem a oportunidade de ser feliz comigo, e isso é uma coisa que eu sei que posso fazer e que provavelmente faria, sem qualquer modéstia.Mas recusa.Tem medo.Foge.
Eu não sou a melhor pessoa pra criticar as fugas dela, porque também tenho fugido da vida, mas tem horas que tentar acreditar num sonho e lutar por ele sem ver o mínimo de resultado e todo o seu esforço sendo desperdiçado cansa.
Tem momentos em que eu canso.Mas canso mesmo.
Mas também canso de fugir.
Ouvi essa semana de um amigo que um “NÃO” não significa um “PARE”, mas sim um “CONTINUE TENTANDO”.
Recebi muitos “nãos” da vida até o momento, e esse é mais um deles.
Tenho que avaliar se continuar tentando com ela vale a pena.
Uma coisa é fato: preciso parar de me esquecer pra ficar sublimando ela, como se ela fosse uma diva, uma deusa intocável, uma musa vaporosa, ou algo do gênero.
Ela é de carne-e-osso, errou muito comigo, eu dei uma chance, eu errei com ela, e ela não quer dar uma chance.O que me ensina que na vida a gente nunca pode contar com a 2ª chance, porque normalmente ela não existe.A 2ª chance é um privilégio.Nesse caso eu acho injustiça, porque nenhuma justificativa dela faz realmente sentido pra mim, exceto a questão familiar (que, diga-se de passagem, tem solução.Mas aí vai da vontade dela buscar essa solução ou não).
Eu estaria(ei) ao lado dela sempre que possível for, mas eu não posso fazer milagres e não posso carregar tudo nas costas sozinha.
Me doei demais, mais do que eu podia, esqueci de mim, mas não me esqueci dela um segundo sequer.Tá mais do que na hora disso acabar, até porque ela mesma me disse que é impossível alguém me amar se eu não me amasse em 1º lugar.Não é que esteja errado, muito pelo contrário, está certíssimo!
Mas, convenhamos...Ouvir isso da boca da pessoa que você ama, que você quer conquistar, a pessoa a qual você sonhou, você convive(eu) por um longo tempo, a que mais significou na sua vida, a mais especial...é FODA.
É basicamente um desestímulo, tipo: “Ô sua idiota, se manca e pára de tentar consertar o que não tem mais jeito.Eu não te amo mais, porra!Me deixa em paz e segue a sua vida!”
E é aí que a dor no peito volta.
Não, tô longe de infartar ainda...Mas é a agonia, a angústia de saber que eu não sou correspondida mais, e que ela ta muito melhor do que eu, que eu to dando murro em ponta de faca...essas coisas e mais outros milhares de clichês que designam uma pessoa teimosa, cega e ainda muito apaixonada por uma outra que não está na mesma sintonia já a algum tempo.
Por uma questão de vergonha na cara, eu parei com tudo.
Parei MESMO.Ou, pelo menos, estou progredindo consideravelmente.
E daí que só restou essa frase: alone in the dark.
Foram acontecendo coisas e mais coisas na minha vida em função de uma única pessoa, que não era nem da família, e tenho dúvidas agora de que se um dia se interessou tanto por mim quanto eu por ela.Sim, leitor, o problema é - e continua sendo para toda a humanidade - a porra do AMOR.
Por amor eu perdi a cabeça.Tive motivos pra desconfiar, peguei mentiras deslavadas, fatos destorcidos e uma enorme cara-de-pau de me dizer que eu estava enganada.Eu depositei muitas das minhas fichas nesse relacionamento, isso pra não dizer todas.E me decepcionei.
Até então, eu achava que a culpa tinha sido minha, que eu tinha destruído todo o relacionamento com ciúmes infundados que eu nunca tinha sentido antes por ninguém, uma desconfiança centrada no meu egoísmo, uma paranóia que me levou à depressão e logo depois me levou a atos quase ilícitos (é bom lembrar: eu disse QUASE, e eu não tentei roubar, nem matar ninguém além de mim mesma).
Estou numa fase negra, tentando me recuperar e me culpando por tudo o que aconteceu, não importando o que de fato tenha acontecido.
Parei de fumar, parei de beber, fechei meu corpo pros prazeres da carne (é, eu não fodo mais...), me afastei de 95% das pessoas do meu ciclo social, venho buscando ajuda espiritual e profissional pra esse meu aparente desequilíbrio emocional.Até agora não descobri como tudo isso pode vir a me ajudar de fato, e nem tenho certeza se vai funcionar, mas tenho que tentar.
Tudo começou nas férias, depois de 3 meses afastada da minha namorada, até então.Tive alguns motivos pra desconfiar dela, ela era (e ainda é) muito fechada, o que implicou em problemas na comunicação, e eu comecei a desenvolver uma paranóia gigantesca.
Pode ser que eu estivesse certa o tempo todo, pode ser que todas as traições tenham acontecido, mas eu não tinha o direito de cobrar nada.E existem mais caralhões de motivos pra que eu não me importasse com isso, mas não vale a pena discuti-los aqui agora.Eu estava completamente insegura, e pelo que me parece, ela também.
O fato é que terminamos no meio das férias, e eu fiquei ainda mais perdida.Mais e mais eu me sentia "alone in the dark".
As aulas recomeçaram e então ela estava fugindo de qualquer conversa, de mim, de nós, de tudo.
Conversamos, por fim, e terminamos...Mas eu sentia saudades do corpo, dos abraços, dos beijos, do calor, do sexo...Tínhamos que ter uma despedida.E assim se deu, uma despedida de um mês e meio.
Estávamos ficando, ficamos ficando por esse período, e eu não conseguia conversar abertamente com ela.E até hoje não consigo.Não que eu esteja mentindo, mas é porque sei que ela mentiu e antes de qualquer coisa, ignorando as mentiras, eu sinto que ela não é 100% verdadeira comigo.Tem algo que eu não sei, alguma coisa que me foi omitida.E ninguém que esteja lendo isso tem dimensão do quanto isso me incomoda.E foram coisas bobas, idiotas, que não tem nada a ver com o final do namoro, mas que mesmo assim, me machucaram e me fizeram desconfiar muito de muitas atitudes posteriores.
Ela determinou que não ficaríamos mais por caralhões de motivos diferentes...e nenhum deles me convenceu.Continuo pensando que ela na verdade só queria me afastar por um motivo externo ao qual eu desconheço.
Sei que eu venho sofrendo bastante e por conta disso já fui parar no hospital e até fui expulsa de casa.OK, quem quis descontar a raiva, a frustração, a decepção, a angústia e a tristeza no álcool, no fumo, na noite, fui eu.Isso me faz a maior errada e culpada por ter me dado tão mal assim.Mas o que incomoda é que existe muita coisa que me foi escondida.E eu continuo perdida.
Não sei as reais intenções dela...
Não sei de mais nada...
Só sei que a minha visão mudou, meu jeito mudou, continuo triste e a angústia ainda dói e fica remoendo no meu peito.
A amizade talvez fique, embora eu não tenha certeza disso.
O amor que eu sinto vai ficar ainda um pouco mais.E tenho dúvidas se isso vai ser totalmente esquecido um dia.
Me sinto usada pelas últimas vezes que ficamos juntas, me sinto idiota pelo meu malabarismo de fazer tudo que estivesse ao meu alcance pra ficarmos bem, tudo pra agradar a ela, as conversas...e eu sempre via uma resistência de querer fazer tudo ficar bem, de dar certo.
Terminaram comigo, porque eu estava insegura, porque ela também estava insegura, talvez.Ela não parece sofrer tanto quanto eu, e se está no mesmo sofrimento, tem se mostrado uma pedra.
Eu a amei exponencialmente mais a cada dia que passava, e continuo amando, de uma forma meio desengonçada.Ela diz que me ama também, e é aí que faz menos sentido ainda essa coisa toda.Se nos amamos tanto, porque eu me vejo fazendo de tudo pra dar certo, realizando todas as vontades e me esforçando o máximo que posso pra melhorar e vejo nela um esforço absurdo pra deixar tudo como está, ela faz força pra ficar longe, pra dar errado, pra acabar de vez com toda a nossa história, enquanto eu olho nos olhos dela e vejo o quanto não queria estar fazendo isso.
O que me confunde e me desespera é saber que aquilo que os lábios dela dizem é justamente o oposto do que o corpo dela pede, do que a alma dela sente e o coração dela fala.
Pode não ser amor, pode nunca ter sido, e não faz diferença de não for, porque eu sei que algum sentimento existe.O que me revolta certas vezes é uma ingenuidade quase primitiva, infantil, em relação àquilo que está na frente dos olhos abertos dela que ela se recusa a enxergar.Tanto pro bem, quanto pro mal.
Tem várias pessoas, inclusive meninos, querendo se aproveitar dela, espalhando fofocas e boatos na faculdade (boatos são coisas as quais ela sempre deu a maior importância quando envolviam meu nome e o dela, ou nosso relacionamento).Essas pessoas se põem ao lado dela, fingindo uma amizade, e na verdade é a mais pura falsidade, uma manipulação suja.Isso me irrita, porque pra mim e outras pessoas próximas é nítido, mas só ela não vê.
Assim como ela tem a oportunidade de ser feliz comigo, e isso é uma coisa que eu sei que posso fazer e que provavelmente faria, sem qualquer modéstia.Mas recusa.Tem medo.Foge.
Eu não sou a melhor pessoa pra criticar as fugas dela, porque também tenho fugido da vida, mas tem horas que tentar acreditar num sonho e lutar por ele sem ver o mínimo de resultado e todo o seu esforço sendo desperdiçado cansa.
Tem momentos em que eu canso.Mas canso mesmo.
Mas também canso de fugir.
Ouvi essa semana de um amigo que um “NÃO” não significa um “PARE”, mas sim um “CONTINUE TENTANDO”.
Recebi muitos “nãos” da vida até o momento, e esse é mais um deles.
Tenho que avaliar se continuar tentando com ela vale a pena.
Uma coisa é fato: preciso parar de me esquecer pra ficar sublimando ela, como se ela fosse uma diva, uma deusa intocável, uma musa vaporosa, ou algo do gênero.
Ela é de carne-e-osso, errou muito comigo, eu dei uma chance, eu errei com ela, e ela não quer dar uma chance.O que me ensina que na vida a gente nunca pode contar com a 2ª chance, porque normalmente ela não existe.A 2ª chance é um privilégio.Nesse caso eu acho injustiça, porque nenhuma justificativa dela faz realmente sentido pra mim, exceto a questão familiar (que, diga-se de passagem, tem solução.Mas aí vai da vontade dela buscar essa solução ou não).
Eu estaria(ei) ao lado dela sempre que possível for, mas eu não posso fazer milagres e não posso carregar tudo nas costas sozinha.
Me doei demais, mais do que eu podia, esqueci de mim, mas não me esqueci dela um segundo sequer.Tá mais do que na hora disso acabar, até porque ela mesma me disse que é impossível alguém me amar se eu não me amasse em 1º lugar.Não é que esteja errado, muito pelo contrário, está certíssimo!
Mas, convenhamos...Ouvir isso da boca da pessoa que você ama, que você quer conquistar, a pessoa a qual você sonhou, você convive(eu) por um longo tempo, a que mais significou na sua vida, a mais especial...é FODA.
É basicamente um desestímulo, tipo: “Ô sua idiota, se manca e pára de tentar consertar o que não tem mais jeito.Eu não te amo mais, porra!Me deixa em paz e segue a sua vida!”
E é aí que a dor no peito volta.
Não, tô longe de infartar ainda...Mas é a agonia, a angústia de saber que eu não sou correspondida mais, e que ela ta muito melhor do que eu, que eu to dando murro em ponta de faca...essas coisas e mais outros milhares de clichês que designam uma pessoa teimosa, cega e ainda muito apaixonada por uma outra que não está na mesma sintonia já a algum tempo.
Por uma questão de vergonha na cara, eu parei com tudo.
Parei MESMO.Ou, pelo menos, estou progredindo consideravelmente.
E daí que só restou essa frase: alone in the dark.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
DESCULPAS!!
Como meus caros leitores puderam perceber, eu ando meio sumida, calada, enfim...
Aconteceu o pior dos desastres: computador quebrado, laptop pra ser formatado.
Perdi meus textos todos, inclusive uma narrativa que estava pensando em colocar aqui no blog, que já posto em outro site, mas também foi tudo água abaixo.
Minha situação só vai se normalizar lá pro meio do ano, mas prometo tentar escrever com mais frequencia.Nem que isso me custe onerosas horas de lan house...hehehe.
Lamento muito essa tão chata situação, mas assino essa despedida comprometendo-me ao regresso!
Beijo a todos, paciência e novos textos estão vindo.
Aconteceu o pior dos desastres: computador quebrado, laptop pra ser formatado.
Perdi meus textos todos, inclusive uma narrativa que estava pensando em colocar aqui no blog, que já posto em outro site, mas também foi tudo água abaixo.
Minha situação só vai se normalizar lá pro meio do ano, mas prometo tentar escrever com mais frequencia.Nem que isso me custe onerosas horas de lan house...hehehe.
Lamento muito essa tão chata situação, mas assino essa despedida comprometendo-me ao regresso!
Beijo a todos, paciência e novos textos estão vindo.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Seu toque...nada mais.
Vaga vida,
Vagalumes,
Luz do Sol,
Solidão.
Ida,
Despedida,
Volta,
Revolta.
Saudade.
E de todo esse amor que me preenche o peito, apenas a certeza de um nome.
Que já me confundem as letras.
Só a dona do nome pelo qual meu coração pulsa pode reorganizá-las.
Só depende do seu toque.
Nada mais.
Vagalumes,
Luz do Sol,
Solidão.
Ida,
Despedida,
Volta,
Revolta.
Saudade.
E de todo esse amor que me preenche o peito, apenas a certeza de um nome.
Que já me confundem as letras.
Só a dona do nome pelo qual meu coração pulsa pode reorganizá-las.
Só depende do seu toque.
Nada mais.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Frases e Filmes.
Assistindo a "V for Vendetta - V de Vingança", um dos meus filmes favoritos, e mesmo antes de se tornar filme, já era uma das minhas HQ's favoritas, não pude deixar de me sentir extremamente feliz e até empolgada.
Digo empolgada porque o filme retrata uma realidade paralela que talvez venha a tornar-se nosso dia-a-dia futuro.
E a reação popular, impulsionados por um desejo anárquico que acabou brotando de uma repressão exagerada, é ainda mais incrível.
Mas, ainda assim, a frase de aprsentação de "V", ao encontrar Eve no beco e salvá-la, retoma uma peça de Sheakespeare, chamada Henrique VIII.
Por motivos óbvios o diálogo foi levemente alterado.Mas ainda assim, não perdeu em nada seu brilho.
Pra quem consegue decifrar o Inglês, espero que deliciem-se tanto quanto eu.Não traduzi, porque acredito que os textos, quando traduzidos, perdem boa parte da sua essência.
Peço que me perdoem por isso aqueles que não conhecem o idioma, mas não me atrevo a traduzir este trecho divino, porque não quero que o mesmo perca o seu brilho e sua poesia.
"Who?Who is but the form following the function of what and what I am is a man in a mask.But on this most auspicious of nights permit me then, in lieu of the more commonplace sobriquiet to sugest the character of this dramatis persona: "Voilà! In View, a humble Vaudevillian Veteran, cast Vicariously as both Victim and Villain by the Vicissitudes of Fate. This Visage, no mere Veneer of Vanity, is it Vestige of the Vox populi, now Vacant, Vanished, as the once Vital Voice of the Verisimilitude now Venerates what they once Vilified. However, this Valorous Visitation of a bygone Vexation, stands Vivified, and has Vowed to Vanquish these Venal and Virulent Vermin Van-guarding Vice and Vouchsafing the Violently Vicious and Voracious Violation of Volition. The only Veredict is Vengeance; a Vendetta, held as a Votive, not in Vain, for the Value and Veracity of such shall one day Vindicate the Vigilant and the Virtuous. Verily, this Vichyssoise of Verbiage Veers most Verbose Vis-à-Vis an introduction, and so let me simply add that it is my Very good honor to meet you and you may call me V" - V for vendetta.
E é por isso que identifico e me esbaldo verdadeiramente na beleza do Cinema, da Literatura, enfim...na tão falada, odiada, temida e mal compreendida por muitos, a Arte.
Digo empolgada porque o filme retrata uma realidade paralela que talvez venha a tornar-se nosso dia-a-dia futuro.
E a reação popular, impulsionados por um desejo anárquico que acabou brotando de uma repressão exagerada, é ainda mais incrível.
Mas, ainda assim, a frase de aprsentação de "V", ao encontrar Eve no beco e salvá-la, retoma uma peça de Sheakespeare, chamada Henrique VIII.
Por motivos óbvios o diálogo foi levemente alterado.Mas ainda assim, não perdeu em nada seu brilho.
Pra quem consegue decifrar o Inglês, espero que deliciem-se tanto quanto eu.Não traduzi, porque acredito que os textos, quando traduzidos, perdem boa parte da sua essência.
Peço que me perdoem por isso aqueles que não conhecem o idioma, mas não me atrevo a traduzir este trecho divino, porque não quero que o mesmo perca o seu brilho e sua poesia.
"Who?Who is but the form following the function of what and what I am is a man in a mask.But on this most auspicious of nights permit me then, in lieu of the more commonplace sobriquiet to sugest the character of this dramatis persona: "Voilà! In View, a humble Vaudevillian Veteran, cast Vicariously as both Victim and Villain by the Vicissitudes of Fate. This Visage, no mere Veneer of Vanity, is it Vestige of the Vox populi, now Vacant, Vanished, as the once Vital Voice of the Verisimilitude now Venerates what they once Vilified. However, this Valorous Visitation of a bygone Vexation, stands Vivified, and has Vowed to Vanquish these Venal and Virulent Vermin Van-guarding Vice and Vouchsafing the Violently Vicious and Voracious Violation of Volition. The only Veredict is Vengeance; a Vendetta, held as a Votive, not in Vain, for the Value and Veracity of such shall one day Vindicate the Vigilant and the Virtuous. Verily, this Vichyssoise of Verbiage Veers most Verbose Vis-à-Vis an introduction, and so let me simply add that it is my Very good honor to meet you and you may call me V" - V for vendetta.
E é por isso que identifico e me esbaldo verdadeiramente na beleza do Cinema, da Literatura, enfim...na tão falada, odiada, temida e mal compreendida por muitos, a Arte.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Sobre Deusas e Musas
Em um texto é possível colocar, prosaicamente, um "canto Rapsóidico" em forma quase versada sobre o grande amor que arrebata o peito de um amante por uma mulher intocável, incrível e inexistente.
A figura física existe, mas a mulher é apenas uma idealizãção, de forma que se o amante possuir o objeto de desejo...Deixa de ser tudo o que fora um dia, todo o encanto se quebra, porque a idealização deixa de ficar na imaginação do poeta, passa ser palpável, real.
É um paradoxo verossímil que consiste o amor platônico.
São encontros e desencontros adoráveis.Toda vez que se ama, se imagina, se espera, se musifica a mulher amada.A busca é inquieta, incessante.E depois da conquista, da posse...a descoberta que o que se imagina, jamais vai se tronar realidade, poque não passa de sonho e todo sonho é ilusão.
Como uma mágica cruel.
E, para também explanar alguns sentimentos meus, cá está o novo - mas nem tanto - texto da minha coletânia tão empobrescida e fraca pela agonia errante que o verbo amar me faz conjugar.
Afrodite,
Amo-te assim digo-lhe sinceramente...
Tu és para mim um sainete,
Talvez, quase certo, podes ser até mais do que estimo tanto.
Lamento...
Sinto que para tu, que quase não me percebes, seja apenas um sáfaro...
Mas não desistirei, sou um loquaz.
E apesar de minha loqüela incomodar-lhe,
Pois culto não sou,
E se minha lorpice estupidamente forte não lhe agrada,
Sinto em provocar tais sentimentos,
Mas posso provar-lhe que
Apesar de não ter muita dimensidade em assuntos rebuscados
Apesar de atingir esse seu padrão de cultura
Sou mais agradável e melhor do que posso aparentar-lhe.
Por ti, Afrodite de meus sonhos,
Vivo essa vida triste e cinzenta,
Sem vontades,
Sem gostos de primavera,
Nem verão,
Nem outono,
Só há o inverno, e o inferno...
E o escárnio, tudo teu,
Feito só pra mim...
Quando te olho,
Meio que contra vossa vontade,
Encaro teus olhos,
Negros olhos,
Imagino-me banhado em meio à lucidez destes,
E não são sós os olhos,
Teu corpo libera uma lucerna,
Já vista como divina,
Divinamente bela.
És de extrema delicadeza e beleza.
És o colosso de minha vida.
Teu corpo é, ao mesmo tempo,
Sorte e perdição,
Antítese do destino...
Seu andar é tão lascivo
Quão teus negros olhos,
Que me parece um poço de desejos
Desejos secretos,
Desejos ardentes,
Desejos gozosos,
Desejos perigosos,
Exatamente como é a dona destes
Mas apesar de seres tão fria
Em tuas mostras leves de desprezo
Por mim,
Que amo-te acima de vidas ou mortes,
Quero cobiçar-lhe,
Mesmo vendo que sua atenção por mim esmirra-se
Pouco a pouco, de vento a vento,
Quero ver-te mais de perto,
Seguir-te a esmo com meus olhos
Que transbordam de esmero
Em todas as vezes que,
Ao menos,
Pensam ver-te pelas ruas,
Nos outros rostos,
Em outros corpos,
Em outras histórias,
Em outros risos,
Em outros braços...
Sentir que perder-lhe-ei aos segundos
Parece-me aterrorizante e estúpido
Caio novamente em lágrimas,
Pela dor e pelo amor,
Que já se confundem,
E que me dizem:
“Esta é a dor de amar,
Sinta-a e morra,
Chore e perca a honra,
Subestime-a e lute!”
Eu só penso se um dia tu virás até mim,
O que nem tanto,
Só peço-te para ouvir-me,
Faça-o e renda-se,
Caia em meus braços e sejas feliz,
Como jamais fora feliz com outro homem...
Ah!Se tu soubesses como este amor me pesa!
E pior é que sabes que vos amo.
E por raiva, ou por aversão a minha pessoa,
Procuras qualquer réprobo que vês e beija-o
E ama-o, afaga-o,
E mata-me, e castiga-me, e tortura-me.
Jamais pensei que seria tão perigoso e doloroso amar-te,
Mas se vivo é porque quero correr perigo e quero sentir dor,
Queremos e precisamos.
Perto de ti, minha deusa,
Sou apenas um lapso do tempo
Que passa a vida a admirar tamanha beleza
E formas tão belas,
Com que sonho e sigo sonhando,
Penso em teu corpo nu
Em suas curvas
Em seus cabelos,
Macios e cheirosos,
Em seus seios
Dentre tuas pernas
No seu rosto
Nos seus lábios,
Os quais daria tudo para beijar.
Penso em tua feição,
Sentindo prazer,
Sentindo dor, excitação
Sua voz rouca a pedir mais,
Minhas mãos afagando-te,
Apertando-te,
Enlouquecendo-te,
Seu gemido,
Seu grito,
Suas mãos em meu corpo,
Meus beijos em ti,
Teus beijos em mim,
Nossos lábios se cruzando...
Seria o máximo de prazer,
Ápice de vida.
Ao lado de ti, minha deusa,
Meu mundo completar-se-ia
Não haveria mais problemas
E eu seria eternamente feliz, na incompletude do meu ser.
Como o amor desde sempre é eterno.
Peço-te, ó deusa da libido,
Que seus olhos olhem-me,
Seus ouvidos ouçam-me
E que seus coração se abra,
Pois já tentei esquecer-te
Por várias vezes
E nunca consegui,
Só me corroí.
Não viveria com alguém que não amo
Só por prazer ou solidão.
Quero-te!
Não por tempos,
Mas sim vida inteira
E morte.
Deixe-me tentar fazer-te feliz eternamente...
Este é um pedido de alguém que só vive por ti,
Cujo amor permanecerá
Apesar, além e através do tempo.
Cujo coração somente se mantém batendo por ti.
Amo-te,
Minha deusa Afrodite!
Amo-te, quero-te, adoro-te, idolatro-te...
Para todo o sempre...
A figura física existe, mas a mulher é apenas uma idealizãção, de forma que se o amante possuir o objeto de desejo...Deixa de ser tudo o que fora um dia, todo o encanto se quebra, porque a idealização deixa de ficar na imaginação do poeta, passa ser palpável, real.
É um paradoxo verossímil que consiste o amor platônico.
São encontros e desencontros adoráveis.Toda vez que se ama, se imagina, se espera, se musifica a mulher amada.A busca é inquieta, incessante.E depois da conquista, da posse...a descoberta que o que se imagina, jamais vai se tronar realidade, poque não passa de sonho e todo sonho é ilusão.
Como uma mágica cruel.
E, para também explanar alguns sentimentos meus, cá está o novo - mas nem tanto - texto da minha coletânia tão empobrescida e fraca pela agonia errante que o verbo amar me faz conjugar.
Afrodite,
Amo-te assim digo-lhe sinceramente...
Tu és para mim um sainete,
Talvez, quase certo, podes ser até mais do que estimo tanto.
Lamento...
Sinto que para tu, que quase não me percebes, seja apenas um sáfaro...
Mas não desistirei, sou um loquaz.
E apesar de minha loqüela incomodar-lhe,
Pois culto não sou,
E se minha lorpice estupidamente forte não lhe agrada,
Sinto em provocar tais sentimentos,
Mas posso provar-lhe que
Apesar de não ter muita dimensidade em assuntos rebuscados
Apesar de atingir esse seu padrão de cultura
Sou mais agradável e melhor do que posso aparentar-lhe.
Por ti, Afrodite de meus sonhos,
Vivo essa vida triste e cinzenta,
Sem vontades,
Sem gostos de primavera,
Nem verão,
Nem outono,
Só há o inverno, e o inferno...
E o escárnio, tudo teu,
Feito só pra mim...
Quando te olho,
Meio que contra vossa vontade,
Encaro teus olhos,
Negros olhos,
Imagino-me banhado em meio à lucidez destes,
E não são sós os olhos,
Teu corpo libera uma lucerna,
Já vista como divina,
Divinamente bela.
És de extrema delicadeza e beleza.
És o colosso de minha vida.
Teu corpo é, ao mesmo tempo,
Sorte e perdição,
Antítese do destino...
Seu andar é tão lascivo
Quão teus negros olhos,
Que me parece um poço de desejos
Desejos secretos,
Desejos ardentes,
Desejos gozosos,
Desejos perigosos,
Exatamente como é a dona destes
Mas apesar de seres tão fria
Em tuas mostras leves de desprezo
Por mim,
Que amo-te acima de vidas ou mortes,
Quero cobiçar-lhe,
Mesmo vendo que sua atenção por mim esmirra-se
Pouco a pouco, de vento a vento,
Quero ver-te mais de perto,
Seguir-te a esmo com meus olhos
Que transbordam de esmero
Em todas as vezes que,
Ao menos,
Pensam ver-te pelas ruas,
Nos outros rostos,
Em outros corpos,
Em outras histórias,
Em outros risos,
Em outros braços...
Sentir que perder-lhe-ei aos segundos
Parece-me aterrorizante e estúpido
Caio novamente em lágrimas,
Pela dor e pelo amor,
Que já se confundem,
E que me dizem:
“Esta é a dor de amar,
Sinta-a e morra,
Chore e perca a honra,
Subestime-a e lute!”
Eu só penso se um dia tu virás até mim,
O que nem tanto,
Só peço-te para ouvir-me,
Faça-o e renda-se,
Caia em meus braços e sejas feliz,
Como jamais fora feliz com outro homem...
Ah!Se tu soubesses como este amor me pesa!
E pior é que sabes que vos amo.
E por raiva, ou por aversão a minha pessoa,
Procuras qualquer réprobo que vês e beija-o
E ama-o, afaga-o,
E mata-me, e castiga-me, e tortura-me.
Jamais pensei que seria tão perigoso e doloroso amar-te,
Mas se vivo é porque quero correr perigo e quero sentir dor,
Queremos e precisamos.
Perto de ti, minha deusa,
Sou apenas um lapso do tempo
Que passa a vida a admirar tamanha beleza
E formas tão belas,
Com que sonho e sigo sonhando,
Penso em teu corpo nu
Em suas curvas
Em seus cabelos,
Macios e cheirosos,
Em seus seios
Dentre tuas pernas
No seu rosto
Nos seus lábios,
Os quais daria tudo para beijar.
Penso em tua feição,
Sentindo prazer,
Sentindo dor, excitação
Sua voz rouca a pedir mais,
Minhas mãos afagando-te,
Apertando-te,
Enlouquecendo-te,
Seu gemido,
Seu grito,
Suas mãos em meu corpo,
Meus beijos em ti,
Teus beijos em mim,
Nossos lábios se cruzando...
Seria o máximo de prazer,
Ápice de vida.
Ao lado de ti, minha deusa,
Meu mundo completar-se-ia
Não haveria mais problemas
E eu seria eternamente feliz, na incompletude do meu ser.
Como o amor desde sempre é eterno.
Peço-te, ó deusa da libido,
Que seus olhos olhem-me,
Seus ouvidos ouçam-me
E que seus coração se abra,
Pois já tentei esquecer-te
Por várias vezes
E nunca consegui,
Só me corroí.
Não viveria com alguém que não amo
Só por prazer ou solidão.
Quero-te!
Não por tempos,
Mas sim vida inteira
E morte.
Deixe-me tentar fazer-te feliz eternamente...
Este é um pedido de alguém que só vive por ti,
Cujo amor permanecerá
Apesar, além e através do tempo.
Cujo coração somente se mantém batendo por ti.
Amo-te,
Minha deusa Afrodite!
Amo-te, quero-te, adoro-te, idolatro-te...
Para todo o sempre...
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Textos com amigos.Contos com contato.
Em uma dessas conversas sem compromisso pelo MSN, eis que o amigo com que eu falava me digita uma frase lindíssima, e me faz a seguinte proposta: "tô começando, tenta acompanhar, vai!"
Indecente de primeira, concerteza, mas confesso que não resisti.
Me entreguei a essência do texto e à textura das palavras.
É sobre amor, sobre o ato de amar e se fazer amado, trocando em miúdos, é uma definição bem breve do que viria a ser "fazer amor".
Diante de uma conversa amistosa sobre nossas experiências atuais, nossos amores do presente e os momentos onde nós dois - tanto ele quanto eu estamos apaixonados e reconhecemos termos mudado a partir disso - nos deleitamos de tal forma que não parece ser real.Parece, pra ambos, que o que existe é mais do que físico, é mais do que hormônio, é mais do que apenas desejo.É uma coisa incrível que se apossa das nossas mentes, dos membros, do coração e faz bater depressa.É a certeza da segurança de se estar com a pessoa que se ama, e de no final de toda aquela sedução, quando o cansaço bate e nos faz repousar uns nos outros, após o clímax, só conseguir pensar: "É ela!Só pode ser ela!".
Claro que tudo nesta vida é volúvel e possível, e nada é definitivo a menos que as partes queiram isso de comum acordo e sem maiores impedimentos que as façam desviar as rotas, até então unidas em cumunhão de corpo e espirito.
Sim, existe a possibilidade de estarmos enganados, mas não há nada melhor do que aproveitar e se entregar àquilo que nos é dado pelo destino de tão bom grado e que nos traz tamanha felicidade que já não se cabe conosco, tem que saltar peito afora, através de sorrisos, gestos, lembranças e saudades.
E que estiver reservado a nós que estejamos com nossos respectivos pares até o final de nossa exixtência, que assim seja.Se não o for, poderemos dizer do amor que tivemos que foi infinito enquanto durou.Nunca dura mais tempo ou menos tempo além do que o necessário pra se fazer inesquecível, pelo amor que se construíu ou pela dor que se descontrói com o sentimento.
Enfim, aproveitem o texto:
Sobre dois Amantes
Uma coisa...Uma energia incrível que percorre o corpo todo, de ambos.
Dividem um prazer nunca experimentado antes. Prazer este que domina o corpo e o toma por completo até que todas as suas forças sejam exauridas do seu ser, porém cada milésimo é como se fosse uma eternidade.
É recompensante e revigorante. É a eternidade de um abismo sem chão, um penar de mente e coração. Não existe nenhum tipo de explicação possível.
É um prazer inconstante que toma conta das almas e as toma pra si, as bebe e nelas se embriaga, como um rio que não pára de jorrar um sentimento que no peito não pára de pulsar.
Braseia, como fogo queima o coração, e marca os amantes como um galho flamejante queima uma flor e essa brasa nunca se extingue e leva a eternidade dos amantes para poder se aclamar.
A brasa que se apaga nas águas do mesmo rio que teima em correr e pulsar pelas veias dos apaixonados é a mesma água que se aquece e que dá vida à brasa.
Brasa essa que no fundo desse rio, jamais se apaga.
Indecente de primeira, concerteza, mas confesso que não resisti.
Me entreguei a essência do texto e à textura das palavras.
É sobre amor, sobre o ato de amar e se fazer amado, trocando em miúdos, é uma definição bem breve do que viria a ser "fazer amor".
Diante de uma conversa amistosa sobre nossas experiências atuais, nossos amores do presente e os momentos onde nós dois - tanto ele quanto eu estamos apaixonados e reconhecemos termos mudado a partir disso - nos deleitamos de tal forma que não parece ser real.Parece, pra ambos, que o que existe é mais do que físico, é mais do que hormônio, é mais do que apenas desejo.É uma coisa incrível que se apossa das nossas mentes, dos membros, do coração e faz bater depressa.É a certeza da segurança de se estar com a pessoa que se ama, e de no final de toda aquela sedução, quando o cansaço bate e nos faz repousar uns nos outros, após o clímax, só conseguir pensar: "É ela!Só pode ser ela!".
Claro que tudo nesta vida é volúvel e possível, e nada é definitivo a menos que as partes queiram isso de comum acordo e sem maiores impedimentos que as façam desviar as rotas, até então unidas em cumunhão de corpo e espirito.
Sim, existe a possibilidade de estarmos enganados, mas não há nada melhor do que aproveitar e se entregar àquilo que nos é dado pelo destino de tão bom grado e que nos traz tamanha felicidade que já não se cabe conosco, tem que saltar peito afora, através de sorrisos, gestos, lembranças e saudades.
E que estiver reservado a nós que estejamos com nossos respectivos pares até o final de nossa exixtência, que assim seja.Se não o for, poderemos dizer do amor que tivemos que foi infinito enquanto durou.Nunca dura mais tempo ou menos tempo além do que o necessário pra se fazer inesquecível, pelo amor que se construíu ou pela dor que se descontrói com o sentimento.
Enfim, aproveitem o texto:
Sobre dois Amantes
Uma coisa...Uma energia incrível que percorre o corpo todo, de ambos.
Dividem um prazer nunca experimentado antes. Prazer este que domina o corpo e o toma por completo até que todas as suas forças sejam exauridas do seu ser, porém cada milésimo é como se fosse uma eternidade.
É recompensante e revigorante. É a eternidade de um abismo sem chão, um penar de mente e coração. Não existe nenhum tipo de explicação possível.
É um prazer inconstante que toma conta das almas e as toma pra si, as bebe e nelas se embriaga, como um rio que não pára de jorrar um sentimento que no peito não pára de pulsar.
Braseia, como fogo queima o coração, e marca os amantes como um galho flamejante queima uma flor e essa brasa nunca se extingue e leva a eternidade dos amantes para poder se aclamar.
A brasa que se apaga nas águas do mesmo rio que teima em correr e pulsar pelas veias dos apaixonados é a mesma água que se aquece e que dá vida à brasa.
Brasa essa que no fundo desse rio, jamais se apaga.
Gabriel Mororó e Tati Soares
Nota: Agradeço profundamente a inspiração, amizade, respeito e admiração que me dedicas, Gabriel.E posso afirmar que há reciprocidade proporcional, não te esqueças disso nunca.Amo-te demais, menino.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Celebrando a vida...e por que não a morte também?
Vida e morte são dois lados de uma mesma moeda.Se completam, se conflitam, arrastam todas as pessoas pra essa controvérsia.Existem várias e várias opiniões diferentes sobre este mesmo assunto, e por mais que sejam exclusivas dos que defendem uma ou outra...Acabam se favorecendo.
Se falamos da vida, também falamos da morte, e vice-versa.
Pra demonstrar o que estou tentando dizer sem encontrar melhores palavras pra expor em prosa, criei uma poesia, já que a minha fluência acontece magicamente por meio das prosas fajutas que me ponho na vida a escrever.
Enfim, deliciem-se.
Carpe Diem
Flores de plástico não morrem
Não padecem, como a carne
Não como a carne em putrefação
Não como a pureza de um verme
Que vai se alimentando,
Corroendo cada víscera
Corroendo o que me resta no peito
Um amor mal acabado, mas agora morto.
Não pelo final do amor
Mas pelo fim do corpo
Fim da matéria na Terra
E o ritual escorchante de um sórdido velório
Onde a viúva chora o corpo derramado ao leito
Inutilmente, e ela sabe disso.
O pranto corre e escorre
Rosto abaixo
E alma olha, ri, e compreende
Tudo passou, tudo se foi...
E aquele amor...de nada valeu.
Todas as tolerâncias
Toda a paciência, compreensão,
Todas as juras de amores infinitos
Besteiras que se perderam no caminho da vida
Não importa se longa ou curta
Foi vida um dia, foi viva, foi útil.
Agora, me digam:
De que adiantaram todas as precauções?
E de que adiantaram as dúvidas,
As dívidas, os sim, os não, os talvez,
A impaciência, a irritação, a dor,
O prazer, o torpor, a luz,
O Sol, a Lua, as estrelas que eu tinha prometido pegar
Uma a uma, pra satisfazer o meu amor...
Tudo se fora.
E daí?
Nada disso agora importa.
Só gostaria de dizer a minha família
Que morrem tão quanto eu
E que todos aqueles conflitos
Não foram nada senão aprendizados
Dolorosos, concerteza
Mas nenhum deles significaram mais ou menos
Do que uma pedra em meu caminho
A qual tive que remover, e não passar por sobre.
Gostaria de dizer aos meus amigos
Que nenhum deles presta,
Nenhum deles é ruim
E nenhum deles vai ser livre
Porque vão ser tão adubo quanto eu
E devo acrescentar que todo o estudo, todo o esforço,
Toda a loucura e correria do dia-a-dia
Acabam, e quando acabam
Só deixam um vazio existencial
Como se sua vida tivesse um cronômetro
Que se zerasse quando menos fosse esperado.
Não, ninguém tem o controle disso.
Meus amigos cientificistas e ateus que me desculpem,
Mas não há forma melhor de descrever esse fim do que a frase
Aquela popular e insuportável frase:
“Deus quis”.
Gostaria de dizer a minha amada
Que sinto muito, mas não dá mais pra ser como antes
E que ela encontre alguém melhor do que eu
Pra preencher sua cama, seu sorriso,
Suas lágrimas, suas certezas e incertezas,
Sua vida e suas memórias.
Não que ela mereça de todo
Mas reconheço que me aturar não é fácil
E que todo o mal que eu tenha feito,
Dentre confusões, brigas,
Família, casa, reconciliações,
Enfim, tudo aquilo que construímos juntas,
Que você realmente encontre alguém
Que possa construir algo com você.
Algo que seja bom, que não traga dores,
Que seja um pouco lúdico,
Porque mal ou bem, nossa filha precisa se divertir
E aprender
E tomara que ela aprenda com os meus erros
E tomara que ela me odeie
Pelo péssimo exemplo que talvez eu tenha sido.
Tomara também que ela me adore
E conserve em sua memória
Os meus bons momentos,
Nossos bons momentos.
E que ela tenha neles o mínimo de inspiração.
Aliás, desejo que ela não cometa os mesmos erros que eu
Mas que seja bem melhor do que eu fui,
Embora eu realmente ache que isso é tão plenamente possível
Que já me arrependo das minhas palavras.
E por fim, ao terminar minhas póstumas declarações,
Gostaria imensamente de dizer
Que na vida,
Tanto a mais profunda dor
Quanto a mais incrível alegria,
Passam.
E não são nem mais nem menos
Do que um breve momento.
E gostaria de lembrar que a vida se constitui disso:
Breves momentos.
É preciso aproveitar.
Nunca o Carpe Diem me fez tanto sentido quanto agora.
Se falamos da vida, também falamos da morte, e vice-versa.
Pra demonstrar o que estou tentando dizer sem encontrar melhores palavras pra expor em prosa, criei uma poesia, já que a minha fluência acontece magicamente por meio das prosas fajutas que me ponho na vida a escrever.
Enfim, deliciem-se.
Carpe Diem
Flores de plástico não morrem
Não padecem, como a carne
Não como a carne em putrefação
Não como a pureza de um verme
Que vai se alimentando,
Corroendo cada víscera
Corroendo o que me resta no peito
Um amor mal acabado, mas agora morto.
Não pelo final do amor
Mas pelo fim do corpo
Fim da matéria na Terra
E o ritual escorchante de um sórdido velório
Onde a viúva chora o corpo derramado ao leito
Inutilmente, e ela sabe disso.
O pranto corre e escorre
Rosto abaixo
E alma olha, ri, e compreende
Tudo passou, tudo se foi...
E aquele amor...de nada valeu.
Todas as tolerâncias
Toda a paciência, compreensão,
Todas as juras de amores infinitos
Besteiras que se perderam no caminho da vida
Não importa se longa ou curta
Foi vida um dia, foi viva, foi útil.
Agora, me digam:
De que adiantaram todas as precauções?
E de que adiantaram as dúvidas,
As dívidas, os sim, os não, os talvez,
A impaciência, a irritação, a dor,
O prazer, o torpor, a luz,
O Sol, a Lua, as estrelas que eu tinha prometido pegar
Uma a uma, pra satisfazer o meu amor...
Tudo se fora.
E daí?
Nada disso agora importa.
Só gostaria de dizer a minha família
Que morrem tão quanto eu
E que todos aqueles conflitos
Não foram nada senão aprendizados
Dolorosos, concerteza
Mas nenhum deles significaram mais ou menos
Do que uma pedra em meu caminho
A qual tive que remover, e não passar por sobre.
Gostaria de dizer aos meus amigos
Que nenhum deles presta,
Nenhum deles é ruim
E nenhum deles vai ser livre
Porque vão ser tão adubo quanto eu
E devo acrescentar que todo o estudo, todo o esforço,
Toda a loucura e correria do dia-a-dia
Acabam, e quando acabam
Só deixam um vazio existencial
Como se sua vida tivesse um cronômetro
Que se zerasse quando menos fosse esperado.
Não, ninguém tem o controle disso.
Meus amigos cientificistas e ateus que me desculpem,
Mas não há forma melhor de descrever esse fim do que a frase
Aquela popular e insuportável frase:
“Deus quis”.
Gostaria de dizer a minha amada
Que sinto muito, mas não dá mais pra ser como antes
E que ela encontre alguém melhor do que eu
Pra preencher sua cama, seu sorriso,
Suas lágrimas, suas certezas e incertezas,
Sua vida e suas memórias.
Não que ela mereça de todo
Mas reconheço que me aturar não é fácil
E que todo o mal que eu tenha feito,
Dentre confusões, brigas,
Família, casa, reconciliações,
Enfim, tudo aquilo que construímos juntas,
Que você realmente encontre alguém
Que possa construir algo com você.
Algo que seja bom, que não traga dores,
Que seja um pouco lúdico,
Porque mal ou bem, nossa filha precisa se divertir
E aprender
E tomara que ela aprenda com os meus erros
E tomara que ela me odeie
Pelo péssimo exemplo que talvez eu tenha sido.
Tomara também que ela me adore
E conserve em sua memória
Os meus bons momentos,
Nossos bons momentos.
E que ela tenha neles o mínimo de inspiração.
Aliás, desejo que ela não cometa os mesmos erros que eu
Mas que seja bem melhor do que eu fui,
Embora eu realmente ache que isso é tão plenamente possível
Que já me arrependo das minhas palavras.
E por fim, ao terminar minhas póstumas declarações,
Gostaria imensamente de dizer
Que na vida,
Tanto a mais profunda dor
Quanto a mais incrível alegria,
Passam.
E não são nem mais nem menos
Do que um breve momento.
E gostaria de lembrar que a vida se constitui disso:
Breves momentos.
É preciso aproveitar.
Nunca o Carpe Diem me fez tanto sentido quanto agora.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Ela...Sempre ela...
Ela é um desejo inflamável...
Enquanto eu sou apenas um brinquedo descartável.
Ela é o veneno que eu tomo pra viver...
E eu sou o passatempo quando ela não tem nada pra fazer.
Ela é a insegurança onde eu procuro me segurar...
Eu sou o papel que ela faz de origami quando a sua vontade me faz dobrar.
Ela é o desapego, a traição, a ambiguidade, o desamor...
Eu sou tudo o que ela precisar: Lua, Sol e Flor.
E esse querer louco me arrasta pro fundo do poço.
Mas eu finjo ingorar a angústia no meu peito só pra ficar mais perto dela, como uma sombra, um espectro, uma tola, um bobo-da-corte da minha Dama de Ferro.
Se o esse amor é uma doença, concerteza ela é a cura pro meu Mal de Amar.
Não me permito dizer mais nada além disso.
Deese D'obscurité.
Enquanto eu sou apenas um brinquedo descartável.
Ela é o veneno que eu tomo pra viver...
E eu sou o passatempo quando ela não tem nada pra fazer.
Ela é a insegurança onde eu procuro me segurar...
Eu sou o papel que ela faz de origami quando a sua vontade me faz dobrar.
Ela é o desapego, a traição, a ambiguidade, o desamor...
Eu sou tudo o que ela precisar: Lua, Sol e Flor.
E esse querer louco me arrasta pro fundo do poço.
Mas eu finjo ingorar a angústia no meu peito só pra ficar mais perto dela, como uma sombra, um espectro, uma tola, um bobo-da-corte da minha Dama de Ferro.
Se o esse amor é uma doença, concerteza ela é a cura pro meu Mal de Amar.
Não me permito dizer mais nada além disso.
Deese D'obscurité.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Diálogo interno...Não, não estou esquizofrênica.
Bem como qualquer um no mundo, eu acabo falando sozinha.Normal até então.Pior é o que tenho coragem de escrever e publicar.
É, isso sim é terrível.Eu mesma me espanto com as coisas que eu penso.
Esse texto saiu de um pensamento meu que demorou muito tempo pra ir embora, cair no esquecimento.
E tanto não caiu no esquecimento por completo que se tornou texto, e não somente um texto, eu ainda criei coragem de publicá-lo.
Pra mim, diferença nenhuma faz - ou quase nenhuma - de que me rotulem de louca ou que digam que meus pensamentos são primitivos demais, simplórios demais, infantis demais...Só me preocuparia mais seriamente se meu texto estivesse ilegível.
Tendo a garantia de que qualquer um pode ler...Cá estamos, eu e o texto.
E que cada um leia e interprete como bem lhes apouverem.
Duas Palavras, Dois Passos
- Não precisamos ser completos para estarmos vivendo.A nossa imperfeição não motiva a persistir.Por que tudo parece ser muito mais difícil do que já é?
- Nada parece ser fácil, porque não precisa ser fácil.
- Se existem formas mais fáceis de se lidar com alguma coisa, então se escondem muito bem.
- No mundo real, há muitas perguntas para as quais não encontramos respostas.Coisas sem solução.Não há como todos serem felizes.
- Por quê?
- Porque para alguém ser feliz, outra pessoa acabará sofrendo.As pessoas vão se acostumando com a felicidade conseguida.E elas buscarão mais felicidade.
- A ganância é muito grande, não é?
- Isso mesmo. É por isso que existe o sentimento de tristeza nas pessoas.
- Se não existisse tristeza, as pessoas não saberiam o que é alegria?
- Parece contraditório, não é?Eu não quero viver em um mundo com essas contradições.Eu quero parar enquanto me sinto feliz.Vou transcender a realidade.Vou para um lugar onde não precisarei de nada, não me sentirei triste e poderei repousar.Assim como eu, você pode fazer essa “viagem”...Você foi o escolhido.
- Foi por isso que você apareceu?
- Isso mesmo.
- Foi só pra mostrar essa “viagem”?
- Dê um fim nisso...Essa é a “viagem”.Você deve abandonar tudo o que passou...Deve parar a sua existência.Aquilo que você vê, o que você ouve, o que você cheira, come, toca...O tempo e sua alma...Seu corpo e o ar a sua volta...Negue a existência de tudo isso e então você vai “parar”.
- Eu...Vou...Parar...
- Você vai parar.
- Eu devo parar...O que será?Tem alguma coisa errada aqui.Achei que não tivesse nada dentro de mim, mas há algo que está me segurando.Tem alguém... – pausa – Essa doença é a minha fraqueza. É o meio que encontrei para fugir das coisas tristes. É um mundo fechado que eu mesmo criei.
- Sim.Mas é muito melhor do que a infelicidade que o espera no mundo real.
- Talvez.Se eu ficar, provavelmente não irei mais sofrer.Pode ser que este seja um mundo feliz.Mas, talvez não seja assim.Esse mundo dentro de mim não é real.
- O que está dizendo?
- Desculpa, eu não quero a eternidade.Eu quero seguir em frente.Mesmo que tudo tenha um fim...
- Você...
- Desculpe-me, quero seguir em frente. É por isso que eu não podia ter te esquecido.A minha tristeza foi ter perdido você.As coisas tristes não podem ser esquecidas.Elas têm que ser superadas.
- Não posso...
- Por que será que não conversamos mais?Por que eu não pude perceber que você estava sofrendo?Naquela época você ficava mais distante a cada dia e eu não conseguia nem chegar perto de você, porque tinha medo.Depois que te perdi, eu fui esmagado pelo meu arrependimento.Sofri muito...Para fugir dessa dor, guardei suas lembranças dentro de mim.Neste mundo parado, que eu mesmo criei.Fui um idiota!Esta tranqüilidade que consegui às custas de esquecer a sua existência...Não passa de uma farsa!
- Não...Espere!
- Eu...Tenho que ir.Irei para onde o tempo está correndo.
- Não me deixe assim...
- Mesmo que eu sofra...Quero ficar no mundo que muda constantemente com o passar do tempo.Viverei carregando comigo suas lembranças.Minha querida...
- Eu...Te...
- Adeus, minha querida.
- Adeus... – pausa – Será como sempre foi, um dia como qualquer outro.Apesar de parecer ter algo diferente.Mas o que estou dizendo?
- Já deveria ter ido.
É, isso sim é terrível.Eu mesma me espanto com as coisas que eu penso.
Esse texto saiu de um pensamento meu que demorou muito tempo pra ir embora, cair no esquecimento.
E tanto não caiu no esquecimento por completo que se tornou texto, e não somente um texto, eu ainda criei coragem de publicá-lo.
Pra mim, diferença nenhuma faz - ou quase nenhuma - de que me rotulem de louca ou que digam que meus pensamentos são primitivos demais, simplórios demais, infantis demais...Só me preocuparia mais seriamente se meu texto estivesse ilegível.
Tendo a garantia de que qualquer um pode ler...Cá estamos, eu e o texto.
E que cada um leia e interprete como bem lhes apouverem.
Duas Palavras, Dois Passos
- Não precisamos ser completos para estarmos vivendo.A nossa imperfeição não motiva a persistir.Por que tudo parece ser muito mais difícil do que já é?
- Nada parece ser fácil, porque não precisa ser fácil.
- Se existem formas mais fáceis de se lidar com alguma coisa, então se escondem muito bem.
- No mundo real, há muitas perguntas para as quais não encontramos respostas.Coisas sem solução.Não há como todos serem felizes.
- Por quê?
- Porque para alguém ser feliz, outra pessoa acabará sofrendo.As pessoas vão se acostumando com a felicidade conseguida.E elas buscarão mais felicidade.
- A ganância é muito grande, não é?
- Isso mesmo. É por isso que existe o sentimento de tristeza nas pessoas.
- Se não existisse tristeza, as pessoas não saberiam o que é alegria?
- Parece contraditório, não é?Eu não quero viver em um mundo com essas contradições.Eu quero parar enquanto me sinto feliz.Vou transcender a realidade.Vou para um lugar onde não precisarei de nada, não me sentirei triste e poderei repousar.Assim como eu, você pode fazer essa “viagem”...Você foi o escolhido.
- Foi por isso que você apareceu?
- Isso mesmo.
- Foi só pra mostrar essa “viagem”?
- Dê um fim nisso...Essa é a “viagem”.Você deve abandonar tudo o que passou...Deve parar a sua existência.Aquilo que você vê, o que você ouve, o que você cheira, come, toca...O tempo e sua alma...Seu corpo e o ar a sua volta...Negue a existência de tudo isso e então você vai “parar”.
- Eu...Vou...Parar...
- Você vai parar.
- Eu devo parar...O que será?Tem alguma coisa errada aqui.Achei que não tivesse nada dentro de mim, mas há algo que está me segurando.Tem alguém... – pausa – Essa doença é a minha fraqueza. É o meio que encontrei para fugir das coisas tristes. É um mundo fechado que eu mesmo criei.
- Sim.Mas é muito melhor do que a infelicidade que o espera no mundo real.
- Talvez.Se eu ficar, provavelmente não irei mais sofrer.Pode ser que este seja um mundo feliz.Mas, talvez não seja assim.Esse mundo dentro de mim não é real.
- O que está dizendo?
- Desculpa, eu não quero a eternidade.Eu quero seguir em frente.Mesmo que tudo tenha um fim...
- Você...
- Desculpe-me, quero seguir em frente. É por isso que eu não podia ter te esquecido.A minha tristeza foi ter perdido você.As coisas tristes não podem ser esquecidas.Elas têm que ser superadas.
- Não posso...
- Por que será que não conversamos mais?Por que eu não pude perceber que você estava sofrendo?Naquela época você ficava mais distante a cada dia e eu não conseguia nem chegar perto de você, porque tinha medo.Depois que te perdi, eu fui esmagado pelo meu arrependimento.Sofri muito...Para fugir dessa dor, guardei suas lembranças dentro de mim.Neste mundo parado, que eu mesmo criei.Fui um idiota!Esta tranqüilidade que consegui às custas de esquecer a sua existência...Não passa de uma farsa!
- Não...Espere!
- Eu...Tenho que ir.Irei para onde o tempo está correndo.
- Não me deixe assim...
- Mesmo que eu sofra...Quero ficar no mundo que muda constantemente com o passar do tempo.Viverei carregando comigo suas lembranças.Minha querida...
- Eu...Te...
- Adeus, minha querida.
- Adeus... – pausa – Será como sempre foi, um dia como qualquer outro.Apesar de parecer ter algo diferente.Mas o que estou dizendo?
- Já deveria ter ido.
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